Separar, para ser inteiro

um comentário sobre Kadosh, de Hilda Hilst

Autores/as

Palabras clave:

Kadosh; Hilda Hilst; gênero literário; intertextualidade.

Resumen

A segunda obra ficcional de Hilda Hilst, Kadosh (1973), contém quatro narrativas curtas, por isso costuma ser classificada como um livro de contos. Este artigo propõe outra abordagem: lê-la como um romance, considerando suas partes não como contos, mas como capítulos que apresentam estágios de uma mesma jornada. Para sustentar isso, analisa a estrutura geral do livro, destacando elementos paratextuais, como epígrafe e dedicatória, e comentando intratextualidades e intertextualidades, em especial com a peça O Dibuk, de Sch. An-Ski. Na conclusão, este estudo interpreta o aspecto fragmentário da ficção hilstiana como um modo particular de vivência, separado e/ou santo, que deseja a inteireza, mas, fracassando sempre, experimenta a busca como o propósito maior da literatura.

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Publicado

2024-06-03