No trivial da ideia

o rural e o urbano no conto brasileiro na Primeira República

Auteurs

  • Luís Bueno Universidade Federal do Paraná

DOI :

https://doi.org/10.17851/2358-9787.25.2.47-64

Mots-clés :

regionalismo, conto brasileiro, Coelho Neto, Benjamim Costallat.

Résumé

Por meio da análise de dois contos, “Banzo” (1913), de Coelho Neto, e “A Favela que eu vi” (1924), de Benjamim Costallat, este trabalho propõe uma discussão a respeito de um conceito corrente e fundamental na historiografia literária brasileira: o regionalismo. O objetivo é estabelecer que a literatura rural nem sempre está assim tão distante da urbana. Procura-se demonstrar que o problema central de representação literária do regionalismo, ou seja, a distância que existe entre o narrador urbano, letrado, e os personagens rurais, iletrados, também se manifesta claramente entre aquele narrador e os personagens pobres radicados em ambientes urbanos marginais.

Biographie de l'auteur

  • Luís Bueno, Universidade Federal do Paraná

    Professor de Literatura Brasileira e Teoria Literária

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Publiée

2016-12-29

Numéro

Rubrique

Dossiê: O Conto Brasileiro na Primeira Metade do Século XX