O verdugo e a revolta como princípio ético

Auteurs

  • Rubens da Cunha Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

DOI :

https://doi.org/10.17851/2358-9787.26.2.301-316

Mots-clés :

Hilda Hilst, teatro, revolta, responsabilidade coletiva.

Résumé

Entre 1967 e 1969, Hilda Hilst escreveu oito peças de teatro, entre elas O verdugo. Essa peça apresenta a história de um executor que se recusa a matar um homem condenado por incitar a revolta e a mudança na sociedade. Neste artigo, analisamos O verdugo como uma peça que defende a revolta como princípio ético. A análise fundamentou-se nos conceitos de revolta propostos por Albert Camus em O homem revoltado, que propõe a revolta como amor e fecundidade, criticando severamente
revoltas que se tornam tiranias. Fundamentamo-nos também em Michel Foucault, cujo texto “É inútil revoltar-se” defende a necessidade da insurreição, e nos conceitos de responsabilidade coletiva advindos de Hannah Arendt.

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Biographie de l'auteur

Rubens da Cunha, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Professor do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

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Publiée

2017-08-25

Numéro

Rubrique

Dossiê: Teatro Brasileiro – História e Sociedade