A vida íntima entre as paredes de vidro
uma análise dos diários de Maura Lopes Cançado, Alejandra Pizarnik e Sylvia Plath
DOI :
https://doi.org/10.17851/2358-9787.28.4.395-426Mots-clés :
diários, escrita íntima, loucuraRésumé
Resumo: Partindo de algumas considerações de Leonor Arfuch, Philippe Lejeune e Michel Blanchot sobre a “escrita íntima” relacionada à produção de diários, este artigo tem por objetivo central tecer uma análise comparativa entre os diários de três escritoras: Maura Lopes Cançado, Alejandra Pizarnik e Sylvia Plath. Colocando essas produções lado a lado, intencionamos mostrar algumas características comuns, tanto com relação à forma – como a recorrência à linguagem lírica –, quanto com relação aos conteúdos: relatos de angústias, tentativas de suicídio, experiências de internamento em hospitais psiquiátricos e o medo da loucura (tema que investigamos com o auxílio de Lisa Appignanesi). Esperamos, com essa proposta, não apenas contribuir para a sistematização dos estudos sobre diários de escritoras que se dedicaram ao ofício da literatura, mas, principalmente, considerando os casos específicos aqui em foco, apontar possíveis especificidades da escrita íntima que lida diretamente com experiências de tratamento psiquiátrico e suicídio.
Palavras-chave: diários; escrita íntima; loucura.
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