As formas de resistência em Torto arado, de Itamar Vieira Junior

Auteurs

  • Michelle Márcia Cobra Torre Universidade Federal de Minas Gerais

DOI :

https://doi.org/10.17851/2358-9787.31.1.161-186

Mots-clés :

Torto arado, história, memória, resistência

Résumé

O artigo propõe discutir Torto arado, de Itamar Vieira Junior, abordando as formas de resistência presentes na obra. Para isso, o estudo enfoca os aspectos do romance que tratam das relações das personagens com a terra, a ancestralidade e a resistência feminina. Também são abordadas as relações entre história e memória. O trabalho defende que o romance lança luz sobre a questão do silenciamento em relação às histórias afrodescendentes, à herança da escravidão e seus resquícios. Parte-se de uma discussão baseada em textos teóricos sobre história e memória, identidade cultural e feminismo para analisar como a resistência pode ser percebida em vários aspectos do romance como a luta pelo direito à terra, as memórias e histórias silenciadas trazidas à tona, a ancestralidade, a sororidade e a resistência feminina.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

ALMEIDA, Silvio. Racismo Estrutural. São Paulo: Jandaíra, 2019.

AZEVEDO, Fernando Antônio. As Ligas Camponesas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

BANAGGIA, Gabriel. Conexões afroindígenas no jarê da Chapada Diamantina. Revista de Antropologia da UFSCAR, São Carlos, 9 (2), p.123-133, 2017.

BASTIDE, Roger. As Religiões Africanas no Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais, 1971.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2021.

BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2021.

BUAINAIN, Antonio Márcio (Org.). Luta pela terra, reforma agrária e gestão de conflitos no Brasil. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2008.

CARNEIRO, Sueli. Mulheres em movimento. Estudos Avançados, São Paulo, v. 17 n.49, p.117-132, 2003.

CERQUEIRA, Daniel et al. (Orgs.). Atlas da violência. Brasília: IPEA, 2020. Disponível em : . Acesso em: 20 jul. 2021.

CHAUÍ, Marilena. Participando do Debate sobre Mulher e Violência. In: FRANCHETTO, Bruna; CAVALCANTI, Maria Laura V. C. e HEILBORN, Maria Luiza (Orgs.). Perspectivas Antropológicas da Mulher 4. São Paulo: Zahar Editores, 1985.

HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Tradução de Adelaine La Guardia Resende [et al.]. 2 ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

HOOKS, Bell. O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Tradução de Bernardo Leitão [et al.]. 7 ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.

MARCONDES, Mariana M. et al. (Orgs.). Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições das mulheres negras no Brasil. Brasília: IPEA, 2013. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2021.

NEPOMUCENO, Eric. Massacre: Eldorado do Carajás - uma história de impunidade. Rio de Janeiro: Record, 2007.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, 1989.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Tradução de Alain François [et al.]. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2007.

TODOROV, Tzvetan. Los abusos de la memoria. Traducción de Miguel Salazar. Barcelona: Paidós, 2015.

VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.

Téléchargements

Publiée

2024-04-23

Numéro

Rubrique

Sumário