Influência em “destinerrance”

Machado de Assis leitor de John Milton

Autori

  • Luiz Fernando Ferreira Sá UFMG
  • Miriam Piedade Mansur UFMG

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.16..15-30

Parole chiave:

Influência, Machado de Assis, John Milton, Destinerrance, Derrida.

Abstract

O objetivo deste artigo é fazer um breve exame da presença de John Milton, poeta inglês do século XVII, nos romances de Machado de Assis. A presença miltoniana será analisada por meio de uma outra via de influência:d+estinerrance, um termo cunhado pelo filósofo Jacques Derrida, que con-funde destino, herança e errância. Isto é, a constituição da obra machadiana está (in)certamente ligada, não tão somente a WilliamShakespeare – o bardo de Stratford-upon-Avon –, mas também a outro amigo inglês do bruxo do Cosme Velho: John Milton.

Riferimenti bibliografici

BARBIERI, Ivo. Pascal atravessado por um olhar oblíquo: o jeito machadiano de ler um clássico. In: Anais do III Seminário Internacional de História da Literatura. Cadernos do Centro de Pesquisas Literárias da PUCRS. Porto Alegre, v. 6, n. 1, agosto de 2000, p. 91-100.

BLOOM, Harold. The anxiety of influence. Oxford: Oxford University Press, 1973.

______. The Western canon: the books and school of the ages. New York: Harcourt Brace, 1994.

BOSI, Alfredo et al. Machado de Assis. São Paulo: Ática, 1982.

______. Machado de Assis: o enigma do olhar. São Paulo: Ática, 1999.

______. Brás Cubas em três versões: estudos machadianos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

CALDWELL, Helen. The Brazilian Othello of Machado de Assis. Berkeley: University of California Press, 1960.

______. Machado de Assis: the Brazilian master and his novels. Berkeley: University of California Press, 1970.

CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: ______. Vários escritos. 2. ed. São Paulo: Duas Cidades, 1977.

CLARO, Silvia Mussi da Silva. Aspectos da presença de Shakespeare no Rio de Janeiro (1939-1908); repercussões na crônica de Machado de Assis. 1982 Tese (Doutorado) – USP, São Paulo, 1982.

DERRIDA, Jacques. Paper machine. Trad. Rachel Bowlby. Stanford: Stanford University Press, 2005.

DOUGLAS, Ellen H. Machado de Assis’s ‘A cartomante’: modern parody and the making of a ‘Brazilian’ text. MLN, v. 113, n. 5, p. 1036-1055, dez. 1998 (Comparative literature issue).

GIRARD, René. A Theater of Envy: William Shakespeare. New York: Oxford University Press, 1991.

GOMES, Eugênio. Machado de Assis; influências inglesas. 2. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 1976.

HANSEN, João Adolfo. Dom Casmurro: simulacrum and allegory. In: Machado de Assis: reflections on a Brazilian master writer. Ed. Richard Graham. Austin: University of Texas Press, 1999.

HOGAN, Patrick Colm. Joyce, Milton, and the theory of influence. Gainesville: University Press of Florida, 1995.

JOBIM, José Luís (Ed.). A biblioteca de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Topbooks/ Academia Brasileira de Letras, 2003.

LANDWEHR, Margarete. Introduction: Literature and the visual arts; questions of influence and intertextuality. College Literature, 2002.

LEWIS, C. S. The literary impact of the authorised version. London: The Athlone Press, 1950.

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Dom Casmurro. Rio de Janeiro: MEDIAfashion, 2008.

______. Memorial de Aires. São Paulo: Martin Claret, 2007.

______. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Martin Claret, 2007.

______. Esaú e Jacó. São Paulo: Martin Claret, 2006.

______. Iaiá Garcia. São Paulo: Martin Claret, 2006.

______. Quincas Borba. São Paulo: Martin Claret, 2005.

______. Ressurreição. São Paulo: Martin Claret, 2005.

______. A mão e a luva. São Paulo: Martin Claret, 2005.

______. Helena. Porto Alegre: L&PM, 1999.

MERQUIOR, José Guilherme. Gênero e estilo nas Memórias póstumas de Brás Cubas. Colóquio/Letras, Lisboa, p. 12-20, 1972.

MILTON, John. The portable Milton. London: Penguin, 1976.

NESTROVSKI, Arthur. Ironias da modernidade. São Paulo: Ática, 1996.

PARAM, Charles. Jealousy in the novels of Machado de Assis. Hispania, v. 53, n. 2, 1970.

PASSOS, José Luiz. Othello and Hugo in Machado de Assis. In: Latin American Shakespeares. Madison: Fairleigh Dickinson University Press, 2005. p. 166-182.

RENZA, Louis A. Influence. In: LENTRICCHIA, Frank; MCLAUGHLIN, Thomas (Ed.). Critical terms for literary study. Chicago: University of Chicago Press, 1995. p. 186-202.

ROCHA, João Cezar de Castro. The author as plagiarist: the case of Machado de Assis. Amherst: University of Massachusetts Press, 2006.

ROUANET, Sergio Paulo. Machado de Assis e a subjetividade shandeana. Oxford: Centre for Brazilian Studies, 2005.

RUSHDIE, Salman. Machado iniciou pedigree sul-americano. Folha de S. Paulo. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2005.

SCHWARZ, Roberto. A master on the periphery of capitalism. Trad. e intro. John Gledson. Durham: Duke University Press, 2001.

______. Seqüências brasileiras. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

______. Misplaced ideas. Essays on Brazilian culture. Ed. e intro. John Gledson. London: Verso, 1992.

SÜSSEKIND, Flora. Machado de Assis e a musa mecânica. Papéis colados. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1993.

VASCONCELOS, S. G. T. Hamlet the Brazilian way (Machado, reader of Shakespeare). Portuguese Literary & Cultural Studies, v. 13/14, p. 129-138, 2005.

VILAR, Bluma Waddington. Escrita e leitura: citação e autobiografia em Murilo Mendes e Machado de Assis. Tese. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2001.

WERKEMA, Andréa Sirihal. Entretextos: Borges e Machado de Assis. O Eixo e A Roda, Belo Horizonte, v. 9/10, p. 167-177, 2003/2004.

Pubblicato

2008-06-30