A voz de quem morre. O indício e a testemunha em “Meu tio Iauraretê

Autori

  • Ettore Finazzi- Agrò Universidade de Roma“La Sapienza”

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.12..24-32

Parole chiave:

Representações da morte, Testemunho, Indícios.

Abstract

Em “Meu tio o Iauretê” de João Guimarães Rosa temos a ver com a confissão, por parte de um mameluco, da sua metamorfose de homem em onça. No fim da sua fala ele é morto pelo seu interlocutor mudo. A partir deste conto “impossível”, vai ser investigada a relação entre a morte e a linguagem. No texto rosiano, de fato, não descobrimos apenas o parentesco essencial entre a phoné e o lógos que nela se dobra, mas nos aproximamos, sobretudo, do limiar último em que a voz se confunde com o silêncio, em que o humano reencontra a sua essência desumana. Temos a ver, nesse sentido, com aquele que Giorgio Agamben define como a “testemunha integral”, ou seja, com quem se coloca no limite insituável entre a vontade de dizer e a sua impossibilidade.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Riferimenti bibliografici

Referências Bibliográficas

AGAMBEN, Giorgio. Il linguaggio e la morte. Torino: Einaudi, 1982.

–––––––. Homo sacer. Il potere sovrano e la vita nuda. Torino: Einaudi, 1995.

–––––––. Quel che resta di Auschwitz. L’archivio e il testimone (Homo sacer III). Torino: Bollati Boringhieri, 1998.

HEIDEGGER, Martin. Unterwegs zur Sprache. 2. ed. Pfullingen: Verlag Günther Neske, 1967.

JANKÉLÉVITCH, Vladimir. La mort. Paris: Flammarion, 1977.

LÉVINAS, Emmanuel. La mort et le temps. In: Dieu, la mort et le temps. Paris: Grasset, 1993. p. 15-133.

NANCY, Jean-Luc. L’impératif catégorique. Paris: Flammarion, 1983.

ROSA, João Guimarães. Meu tio o Iaueretê. In: Ficção completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994. v. II, p. 825-52.

RELLA, Franco. Dall’esilio. La creazione artistica come testimonianza. Milano: Feltrinelli, 2004.

Pubblicato

2006-06-30