Os devaneios filosóficos de Hilda Hilst

o caso do poema XVI de Balada de Alzira

Autori

  • Victor André Pinheiro Cantuário Universidade Federal do Amapá

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.29.4.214-228

Parole chiave:

Hilda Hilst, Balada de Alzira, Poesia brasileira contemporânea, Filosofia ocidental

Abstract

O objetivo deste artigo é demonstrar a presença de elementos filosóficos nos poemas de Hilda Hilst, principalmente naqueles publicados nos livros da década de 1950. Nos poemas contidos nessas obras, a escritora paulista tratou de questões estritamente filosóficas e que identificariam sua produção literária, como o amor, o sagrado, a busca pelo princípio gerador dos primeiros filósofos gregos, o ideal platônico, a morte, o drama da existência, os limites e usos da linguagem, entre outros. Como representativo do que se pretende comprovar, selecionou-se o poema XVI de Balada de Alzira (1951) para análise e discussão, de modo a se tornar evidente a relação entre ambos os campos, literário e filosófico, e se comprovar que nas obras de juventude, Hilda Hilst, caminhando para a maturidade de sua escrita e estilo poéticos, propôs exercícios de pensamento e reflexões profundamente filosóficos.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Riferimenti bibliografici

ARISTÓTELES. Metafísica. 5. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2015. v. II.

BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

BIGNARDI, Ingrid; GUERINI, Andréia. “Pontos de vista de uma mulher”: Giacomo Leopardi “traduzido” por Bruna Becherucci n’O Estado de São Paulo. O Eixo e a Roda, Belo Horizonte, v. 28, n. 3, p. 13-40, 2019. DOI: https://doi.org/10.17851/2358-9787.28.3.13-40

BORGES, Karen Selbach; FAGUNDES, Léa da Cruz. A teoria de Jean Piaget como princípio para o desenvolvimento das inovações. Educação, Porto Alegre, v. 39, n. 2, p. 242-248, maio-ago. 2016. DOI: https://doi.org/10.15448/1981-2582.2016.2.21804. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/21804/14817. Acesso em: 07 maio 2020.

CASTELLO, José. Potlatch, a maldição de Hilda Hilst, 1994. In: DINIZ, Cristiano (org.). Fico besta quando me entendem: entrevistas com Hilda Hilst. São Paulo: Globo, 2013. p. 157-163.

COELHO, Nelly Novaes. A poesia obscura/luminosa de Hilda Hilst e a metamorfose de nossa época. Revista Ecos, Cuiabá, v. 2, n. 1, p. 7-14, jul. 2004.

COSTA, Édison José da. A geração de 45. Letras, Curitiba, n. 49, p. 53-60, 1998.

CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico da língua portuguesa. 4. ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2010.

CUNHA, Rubens da. Hilda Hilst e a experiência romântica do afastamento. Terra roxa e outras terras: Revista de Estudos Literários, Londrina, v. 27, p. 64-73, dez. 2014.

DINIZ, Cristiano (org.). Fico besta quando me entendem: entrevistas com Hilda Hilst. São Paulo: Globo, 2013.

DUARTE, Edson. Recepção da Literatura de Hilda Hilst. Palimpsesto, Rio de Janeiro, n. 18, p. 135-145, jul-ago 2014. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/palimpsesto/article/view/34894/24652. Acesso em: 7 maio 2020.

EILAND, Howard. Heidegger’s etymological web. Boundary 2, Durham, v. 10, n. 2, p. 39-58, 1982. DOI: https://doi.org/10.2307/302895. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/302895?seq=1. Acesso em: 7 maio 2020.

FORTUNA, Felipe. Com obra reunida, Hilda Hilst é uma poeta complexa e matizada. Folha de São Paulo, São Paulo, 17 jun. 2017. Seção Crítica. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/06/1893477-com-obra-reunida-hilda-hilst-e-uma-poeta-complexa-e-matizada.shtml. Acesso em: 9 maio 2020.

GAGLIARDI, Caio. Os três Caeiros. In: PESSOA, Fernando. Poemas completos de Alberto Caeiro. São Paulo: Hedra, 2006. p. 9-25.

HEIDEGGER, Martin. Existence and Being. Chicago: Henry Regnery Company, 1949.

HEIDEGGER, Martin. Pathmarks. Cambridge University Press, 1998. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511812637

HILST, Hilda. Da poesia. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

HILST, Hilda. Em 50 anos serei considerada genial. O Globo, Rio de Janeiro. 25 dez. 1999. Entrevista concedida a Pedro Maciel. Disponível em: https://revistacaliban.net/quando-morre-mos-podemos-ser-geniais-a2d894169bf7. Acesso em: 10 maio 2020.

HOWARD, Patrick. How literature works: Poetry and the Phenomenology of Reader Response. Phenomenology & Practice, Edmonton, v. 4, n. 1, p. 52-67, 2010. DOI: https://doi.org/10.29173/pandpr19827

KANT, Immanuel. Resposta à Questão: O que é Esclarecimento? Tradução de “Beantwortung der Frage: Was ist Aufklärung?” por Márcio Pugliesi. Cognitio, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 145-154, jan.-jun. 2012. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/11661. Acesso em: 10 maio 2020.

LAGO, Pedro Corrêa do. A contribuição de Hilda Hilst. Piauí, Rio de Janeiro, 13 maio 2014. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/a-contribuicao-de-hilda-hilst/. Acesso em: 10 maio 2020.

LIBERA, Alain. La querelle des Universaux: de Platon à la fin du Moyen Age. Paris: Éditions du Seuil, 1996.

MORRIS, Adam; CARVALHO, Bruno (ed.). Essays on Hilda Hilst: between Brazil and World Literature. Palgrave Macmillan, 2018. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-56318-3

NIETZSCHE, Friedrich. Assim falava Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

NIGHTINGALE, Andrea Wilson. On Wandering and Wondering: “Theôria” in Greek Philosophy and Culture. Arion: A Journal of Humanities and the Classics, Boston, 3. sér., v. 9, n. 2, p. 23-58, 2001. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/20163840?seq=1. Acesso em: 10 maio 2020.

PÉCORA, Alcir (org.). Por que ler Hilda Hilst? São Paulo: Globo, 2010.

PESSOA, Fernando. Poemas completos de Alberto Caeiro. São Paulo: Hedra, 2006.

ROSENFELD, Anatol. Hilda Hilst: poeta, narradora, dramaturga. In: HILST, Hilda. Fluxo-Floema. São Paulo: Perspectiva, 1970. p. 10-17.

SUASSUNA, Ariano. Iniciação à estética. 9. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.

ZELIĆ, Tomislav. On the phenomenology of the life-world. Synthesis Philosophica, Zagreb, v. 23, n. 2. p. 413-426, 2008. Disponível em: https://hrcak.srce.hr/index.php?show=clanak&id_clanak_jezik=58496. Acesso em: 11 maio 2020.

Pubblicato

2024-04-23