O nacional e o estrangeiro na crítica machadiana
período inicial
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.25.2.217-235Palavras-chave:
Machado de Assis, crítica literária, nacionalismo.Resumo
O artigo propõe uma análise dos escritos de crítica de Machado de Assis pertencentes à sua fase inicial, de 1856 a 1880. O objetivo é discutir as noções de nacional e estrangeiro como valores constitutivos da literatura brasileira, aproveitando as conclusões do escritor quando analisa obras da literatura e do teatro produzidas no Brasil. Veremos que os termos, longe de se negarem mutuamente, mostram-se complementares e problematizadores da realidade cultural brasileira.
Referências
ALMINO, J. Machado de Assis, a contemporary writer. In: ROCHA, J. C. C. (Org.). The author as plagiarist: the case of Machado de Assis. New Bedford: University of Massachusetts, 2005. p. 141-142.
ASSIS, M. Machado de Assis: crítica literária e textos diversos. Organização de S. M. Azevedo, A. Dusilek e D. M. Callipo. São Paulo:
Unesp, 2013.
ASSIS, M. Machado de Assis: do teatro. Organização de J. R. Faria. São Paulo: Perspectiva, 2008.
BAPTISTA, A. B. A formação do nome: duas interrogações sobre Machado de Assis. Campinas: Unicamp, 2003.
BAPTISTA, A. B. Três emendas: ensaios machadianos de propósito cosmopolita. Campinas: Unicamp, 2014.
BELLIN, G. P. Machado de Assis e o “Instinto de nacionalidade”: o nacionalismo romântico sob suspeita. Versalete, Curitiba, v. 2, n. 2, p. 216-228, 2014. Disponível em: <http://www.revistaversalete.ufpr.br>. Acesso em: 12 fev. 2015.
BERNARDO, G. O problema do realismo em Machado de Assis. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
BRANDÃO, R. S.; OLIVEIRA, J. M. R. Machado de Assis leitor: uma viagem à roda de livros. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2011.
BUENO, L. Provincianismo e literatura mundial. In: SALES, G.; SOUZA, R. A. (Org.). Literatura brasileira: região, nação, globalização.
Campinas: Pontes, 2013. p. 173-191.
CAMPOS, G. V. O literário e o não literário nos textos e imagens do periódico ilustrado “O novo mundo”. 2001, 240 f. Dissertação (Mestrado em Teoria Literária) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade de Campinas, Campinas, 2001.
CHAUNU, P. Conquista e exploração dos novos mundos. São Paulo: Pioneira, Edusp, 1984.
FAORO, R. Machado de Assis: a pirâmide e o trapézio. 3. ed. Rio de Janeiro: Globo, 1988.
FITZ, J. E. John Barth, Machado de Assis and “the literature of exhaustion”. In: DIXON, P. (Org.). Machado de Assis: the nation and
the world. Santa Barbara: University of California, 2004. p. 65-88.
FRAGOSO, J.; FLORENTINO, M. O arcaísmo como projeto: mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma economia colonial tardia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
FUENTES, C. Machado de la mancha. México: Fondo de Cultura Económica, 2001.
JACKSON, K. D. A modernidade do eterno. In: ANTUNES, B.; MOTTA, S. V. (Org.). Machado de Assis e a crítica internacional. São Paulo: Unesp, 2009. p. 55-75.
SCHWARZ, R. Duas notas sobre Machado de Assis. In: ______. Que horas são? São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 165-178.
SCHWARZ, R. Leituras em competição. In: ______. Martinha versus Lucrécia. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 9-43.
WERKEMA, A. S. Estratégia de leitura da tradição literária brasileira na crítica de Machado de Assis. Machado de Assis em Linha, São Paulo, n. 9, p. 165-174, 2012. Disponível em: <http://machadodeassis.net/>. Acesso em: 5 maio 2013.
WOOD, E. M. O império do capital. São Paulo: Boitempo, 2014.
WOOD, M. Entre Paris e Itaguaí. Novos Estudos, São Paulo, n. 83, p. 185-196, 2009.