STEWART, Thomas A. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

Autores

  • Ana Cristina Marques de Carvalho
  • Leonardo Pellegrino de Souza

Resumo

Ainformação e o conhecimento têm sido considerados as armas da atual sociedade. No ambiente de negócios, as empresas bem sucedidas são aquelas que têm as melhores informações ou as que as controlam de forma mais eficaz. Pioneiro na área de capital intelectual, Stewart escreveu além deste livro, uma série de outros artigos que lhe conferiram o título de principal defensor da gerência do conhecimento. Sua proposta nesta obra é mostrar como transformar o conhecimento não aproveitado e não mapeado de uma empresa em sua maior arma competitiva. Conhecimento este encontrado no talento dos funcionários, na lealdade dos clientes e na cultura, sistema e processos de uma empresa. Na primeira parte, o autor discorre sobre as forças poderosas e incontroláveis que operam na sociedade atual, tais como: a globalização; a disseminação da tecnologia da informação; o desmantelamento da hierarquia empresarial e a destruição de empregos. Elas fazem com que as empresas e trabalhadores se sintam obrigados a reorientar-se. Na segunda parte, o autor define capital intelectual e menciona que, por ser intangível, é difícil de ser identificado e avaliado de forma eficaz. Porém, uma vez descoberto e explorado, possibilita vantagem competitiva. Para efeito didático, Stewart subdivide o capital intelectual em: capital humano, capital estrutural e capital do cliente. Salienta ainda que o capital intelectual não é criado a partir de apenas uma destas partes, mas do intercâmbio entre elas. O capital humano é constituído das pessoas cujo talento e experiência criam os produtos e serviços, que são o motivo pelo qual os clientes procuram a empresa e não o concorrente. O capital estrutural é o arcabouço e a infra-estrutura que apoia o capital humano. O capital do cliente, por sua vez, é o valor dos relacionamentos de uma empresa com as pessoas com as quais faz negócios. Dentre as três subdivisões do capital intelectual, a gerenciada de pior forma é aquela relacionada a cliente, uma vez que as empresas não percebem o valor de uma lealdade, o valor de uma parceria e a importância de aprender o negócio do outro e ensinar-lhe o seu. Quanto à gerencia da subdivisão de capital intelectual relacionada à estrutura, o autor salienta que esta não é difícil de ser realizada, porém é algo novo, que pressupõe uma cultura de trabalho adequada. Tais observações são corroboradas por exemplos práticos apresentados no decorrer do livro. Na terceira e última parte, o autor trata do caráter prático da gerência e das carreiras. Defende a estrutura de rede na organização por ser mais barata e rápida de se usar, permite que a informação circule diretamente entre as pessoas; faz com que as mesmas trabalhem juntas, apesar da distância e praticamente independente das fronteiras departamentais. Reduz a supervisão do conteúdo e aumenta a supervisão do desempenho e da carreira da pessoa como um todo. Apresenta as transformações no âmbito da carreira do profissional considerando que a idéia de emprego foi substituída por projetos, não existindo mais o velho plano de carreira. No apêndice, Stewart, em uma atitude ousada, sugere ferramentas para medir e gerenciar o capital intelectual, despertando o interesse do leitor em tentar aplicar tais conhecimentos no seu cotidiano empresarial. Trata-se de uma obra de linguagem original e ao mesmo tempo leve, recomendada a profissionais que sentem-se, de alguma forma, atingidos pelas forças poderosas e incontroláveis da sociedade atual e buscam formas de reorientar-se para transitar neste novo espaço. A obra constitui-se em um guia prático que oferece contribuições conceituais e estruturais relevantes.

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Publicado

2007-11-20

Como Citar

Carvalho, A. C. M. de, & Souza, L. P. de. (2007). STEWART, Thomas A. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998. Perspectivas Em Ciência Da Informação, 4(1). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/pci/article/view/23269

Edição

Seção

Resenhas