Reflexões autoetnográficas e decoloniais sobre a práxis na formação de Letras Inglês
Palabras clave:
autoetnografia, formação continuada, pensamento decolonial, práxisResumen
Este artigo busca problematizar a práxis formativa de uma formadora de professores/as de inglês em uma universidade pública brasileira por meio da escrita autoetnográfica, tomando como ponto de partida a relação intrínseca entre a reflexividade inerente à filosofia da práxis e a autoetnografia enquanto metodologia de pesquisa e prática de formação continuada. Toma-se o pensamento decolonial como epistemologia balizadora das reflexões e problematizações aqui levantadas, no intuito de debater binômios e dicotomias acerca da formação docente em um curso de licenciatura única. Conclui-se que, no contexto em voga, apesar das melhores intenções, podemos estar falhando em articular a formação crítica almejada no Projeto Pedagógico de Curso com as dimensões da teoria e da técnica, indicando também que nossas expectativas quanto à formação profissional não escapam a diversas colonialidades que, portanto, precisam ser interrompidas.
Descargas
Referencias
BIESTA, G. Outline of a Theory of Teaching: What Teaching is, What It is For, How It Works, and Why It Requires Artistry. In: PRAETORIUS, A.-K.; CHARALAMBOUS, C. Y. (ed.). Theorizing Teaching. Cham: Springer, 2023a.
BIESTA, G. The Integrity of Education and the Future of Educational Studies. British Journal of Educational Studies, v. 71, n. 5, p. 1-23, 2023b. DOI: https://doi.org/10.1080/00071005.2023.2242452 .
BORELLI, J. D. V. P.; PESSOA, R. R. O estágio em língua inglesa e o desafio decolonial: problematizações sobre as relações interpessoais de seus/suas agentes. MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras, n. 51, p. 75-96, 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2018.
CARVALHO, S. M. G.; PIO, P. M. A categoria da práxis em Pedagogia do Oprimido: sentidos e implicações para a educação libertadora. Rev. Bras. Estud. Pedagog., Brasília, v. 98, n. 249, p. 428-445, maio/ago. 2017.
DUBOC, A. P. M. Atitude Curricular: letramentos críticos nas brechas da sala de aula de línguas estrangeiras. Judiaí, SP: Paco Editorial, 2015.
FORTES, L. “Ser ou não ser”: questões sobre subjetividade e o ensino de inglês na escola pública. São Paulo: Pimenta Cultural, 2023. v. 1, 310p. DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96672. Disponível em: https://www.pimentacultural.com/livro/ser-nao-ser . Acesso em: 4 mar. 2024.
FORTES, L. Saúde mental na graduação de Letras Inglês da Ufes e a decolonialidade: porque (nós também) precisamos falar sobre isso. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 24, n. 3, 2024.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura).
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987.
KUMARAVADIVELU, B. Beyond Methods: Macrostrategies for Language Teaching. New Haven: Yale University Press, 2003.
KUMARAVADIVELU, B. Individual Identity, Cultural Globalization, and Teaching English as an International Language: The Case for an Epistemic Break. In: ALSAGOFF, L. et al. (ed.). Principles and Practices for Teaching English as an International Language. New York, NY: Routledge, 2012. p. 9-27.
KUMARAVADIVELU, B. The Decolonial Option in English Teaching: Can the Subaltern Act? Tesol Quarterly, Virginia, v. 50, n. 1, p. 66-85, 2016.
LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Ciudad Autônoma de Buenos Aires: CLACSO, 2005. (Colección Sur Sur).
MAKONI, S.; PENNYCOOK, A. (ed.). Disinventing and Reconstituting Languages. Clevedon, UK: Multilingual Matters, 2006.
MASTRELLA-DE-ANDRADE, M. R. Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Ahead of print, 2019.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T. Decolonial Pedagogies, Multilingualism and Literacies. Multilingual Margins, v. 6, n. 1, p. 9-13, 2019a.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T. Educação linguística: repensando os conceitos de língua e linguagem. In: FERRAZ, D.; KAWACHI-FURLAN, C. (ed.). Bate-Papo com educadores linguísticos: letramentos, formação docente e criticidade. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019b.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T. O professor de inglês e os letramentos do século XXI: Métodos ou Ética? In: JORDAO, C. M.; MARTINEZ, J. Z.; HALU, R. C. (org.). Formação desformatada: Práticas com professores de língua inglesa. Campinas, SP: Pontes Editora, 2011.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T. M.; DUBOC, A. P. M. De-universalizing the Decolonial: Between Parentheses and Falling Skies. Gragoatá, Niterói, v. 26, n. 56, p. 876-911, 2021.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T.; MONTE MOR, W. Afterwords: Hope and Education in Dystopic Times: Thinking About the Present as if From the Future. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 21, n. 2, 2021a. p. 657-670.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T.; MONTE MOR, W. É proibido proibir: ambiguidades e enfrentamentos na/pela linguagem. Revista X, v. 15, n. 4, 2020.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T.; MONTE MOR, W. Reflexões para pensar o mundo ou algo assim. [Walkyria e Lynn Mario em crônica dialogada]. In: PESSOA, R. R.; SILVA, K. A. da; FREITAS, C. C. (org.). Praxiologias do Brasil Central sobre educação linguística crítica. Campinas: Mercado de Letras, 2021b. p. 9-14. ISBN 987-65-88519-57-8 (papel). ISBN 987-65-88519-56-1 (e-book). 238p.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T.; MONTE MOR, W. Still Critique? Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 18, n. 2, p. 445-450, 2018.
MIGNOLO, W. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Tradução de Marco Oliveira. Revista Brasileira de Ciências Sociais. v. 32, n. 94, jun. 2017.
MOITA LOPES, L. P. Introdução. In: MOITA LOPES, L. P. (org.). Por uma linguística aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006.
MONTE MOR, W. Expansão de perspectiva e desenvolvimento do olhar: um exercício de letramento crítico. In: MACIEL, R. F.; TÍLIO, R.; JESUS, D. M. de; BARROS, A. L. de E. C. de. (org.). Linguística Aplicada para além das fronteiras. Campinas, SP: Pontes, 2018. p. 299-319. v. 1.
MONTE MOR, W. Quem quer ser professor(a)? Uma análise crítica sobre a docência como escolha profissional. In: MARQUES, N. Quem quer ser professor? Mobilizando saberes e construindo sentidos sobre a carreira docente. Tutóia, MA: Diálogos, 2021. p. 9-18. DOI: https://doi.org/10.52788/9786599463907.
MONTE MOR, W.; DUBOC, A. P.; FERRAZ, D. M. Critical Literacies Made in Brazil. In: PANDYA, J. Z.; MORA, R. A.; ALFORD, J. H.; GOLDEN, N. A.; DE ROOCK, R. S. (ed.). The Handbook of Critical Literacies. London; New York, NY: Routledge, 2021. DOI: https://doi.org/10.4324/9781003023425-1.
MONTE MOR, W. M.; IFA, S.; ONO, F. T. P. “As pessoas são as suas histórias”: uma entrevista com Walkyria Monte Mór. Calidoscópio, v. 19, n. 4, p. 569-574, 2022.
OLIVEIRA, M. L. C. Pensar e fazer linguagens com os ninguéns: pensamento decolonial, epistemologias do sul e linguísticas aplicadas anticoloniais. In: BRAHIM, A. C. S. M. et al. (org.). Decolonialidade e Linguística Aplicada. Campinas, SP: Pontes Editores, 2023.
ONO, F. T P. A formação do formador de professores: uma pesquisa autoetnográfica na área de língua inglesa. 2017. 156 f. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.
PESSOA, R. R.; SILVESTRE, V. P. V. Gepligo (Grupo de Estudos de Professoras/es de Língua Inglesa de Goiás) em prosa and Verse: entre desaprendizagens and Learning Otherwise. In: PESSOA et al. Universidadescola e educação linguística crítica: compartilhando vivências dos GEPLIs GO, MT e DF [E-book]. 2. ed. Goiânia: Cegraf UFG, 2022.
SHOEMAKER, D. B. Autoethnographic Journeys Performing Possibilities/Utopias/Futures. In: JONES, S. H.; ADAMS, T. E.; ELLIS, C. Handbook of Autoethnography. New York, NY: Routledge, 2013.
SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
SOUSA SANTOS, B. Para além do pensamento abissal. In: SOUSA SANTOS, B.; MENESES, M. P. (org.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Ed. Almedina, 2009. ISBN 978-972-40-3738-7.
TAKAKI, N. H. Por uma autoetnografia/autocrítica reflexiva. INTERLETRAS, v. 8, n. 31, p. 1-20, abr./set. 2020. DOI: 10.29327/214648.8.31-17.
UFES. O que é o Núcleo? [2013]. Disponível em: https://nucleodelinguas.ufes.br/o-que-e-o-nucleo. Acesso em: 9 out. 2023.
UFES/DLL. Projeto Pedagógico do Curso de Letras Inglês (PPC Letras Inglês). Vitória, ES: UFES, 2019. Disponível em: https://letras.ufes.br/pt-br/ppc. Acesso em: 24 mar. 2023.
WALSH, C. E. Rising up, Living on: Re-Existences, Sowings, and Decolonial Cracks. Durham, NC: Duke University Press, 2023.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Lívia Fortes

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores de artigos publicados pela RBLA mantêm os direitos autorais de seus trabalhos, licenciando-os sob a licença Creative Commons BY Attribution 4.0, que permite que os artigos sejam reutilizados e distribuídos sem restrição, desde que o trabalho original seja corretamente citado.


