Assistência prestada às mulheres que foram submetidas à cesariana por parada de progressão
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v23i1.49761Palavras-chave:
Cesárea, Enfermeiras Obstétricas, Trabalho de PartoResumo
Objetivo: conhecer a percepção das mulheres submetidas à cesariana por parada de progressão do trabalho de parto sobre a assistência prestada em um hospital universitário do sul do Brasil. Método: qualitativo-descritivo, por meio de entrevistas semiestruturadas com 13 puérperas que realizaram cesariana por parada de progressão do trabalho de parto. O período de coleta de dados foi de 1o de agosto a 30 de setembro de 2017. Os dados coletados foram analisados por meio de procedimentos de análise temática. Resultados e discussão: as categorias emergentes foram assistência fragmentada durante o trabalho de parto, boas práticas no cuidado às parturientes e a preferência da via de parto e o encaminhamento para a cesariana. Os dados mostraram que a assistência prestada no centro obstétrico é fragmentada, realizada por vários profissionais. As boas práticas para a humanização do parto identificadas foram: apoio emocional e físico e métodos não farmacológicos para alívio da dor, na maioria das vezes realizados pela enfermeira obstetra. A maioria das mulheres tinha a preferência pelo parto normal na gestação, porém foram submetidas à cesariana e consideraram seu trabalho de parto um processo que necessitou de intervenções pela falha do seu corpo na evolução do trabalho de parto. Considerações finais: na percepção das mulheres, a enfermeira obstetra se destacou entre os profissionais da equipe, no cuidado no trabalho de parto, porém esse cuidado não se configurou como suporte contínuo. Recomenda-se a qualificação dos profissionais dessa maternidade para a assistência humanizada e integral às necessidades das parturientes.
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