Autonomia da mulher no trabalho de parto: contribuições de um grupo de gestantes
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v23i1.49762Palavras-chave:
Saúde da Mulher, Enfermagem Obstétrica, Autonomia Pessoal, Preferência do Paciente, Tomada de DecisõesResumo
Objetivo: identificar de que modo o grupo de gestantes tem contribuído para o fortalecimento da autonomia da mulher durante o trabalho de parto e nascimento. Método: trata-se de pesquisa documental com enfoque qualitativo. Os documentos utilizados para subsidiar este estudo fazem parte do banco de dados do projeto de extensão Grupo de Gestantes e Casais Grávidos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os critérios de inclusão abrangeram: relato de mulheres que abordaram questões referentes à autonomia no trabalho de parto, no período de 2015 a 2017. Foram analisados 88 relatos de puérperas, dos quais foram selecionadas 21 que englobaram o tema do estudo. A coleta de dados foi realizada no período de agosto a setembro de 2017. A análise de dados foi feita por meio da análise de conteúdo. Resultados e discussão: os resultados deste estudo foram apresentados em quatro categorias: hora de ir à maternidade, conscientização do processo de partejar, vivenciando o parto e práticas que interferem na autonomia da mulher. Encontrou-se que o grupo de gestante é uma ferramenta complementar eficaz e importante no pré-natal para a consolidação da autonomia feminina no processo de parturição. Considerações finais: dessa maneira, incentiva-se a disseminação de grupos de gestantes, uma vez que eles estimulam o desenvolvimento das potencialidades humanas, fazendo com que a mulher se perceba como sujeito central do seu cuidado, tornando-se protagonista no seu processo de gestar e partejar.
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