Opinião de enfermeiros sobre classificação de risco em serviços de urgência

Autores

  • Carmen Lucia Mottin Duro Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Enfermagem, Departamento de Assistência e Orientação Profissional, Porto Alegre RS , Brazil, Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta. Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Escola de Enfermagem, Departamento de Assistência e Orientação Profissional. Porto Alegre, RS - Brasil , Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Maria Alice Dias da Silva Lima Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Enfermagem, Departamento de Assistência e Orientação Profissional, Porto Alegre RS , Brazil, Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Titular. UFRGS, Escola de Enfermagem, Departamento de Assistência e Orientação Profissional. Porto Alegre, RS - Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Luciana Andressa Feil Weber Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Porto Alegre RS , Brazil, Enfermeira. Mestranda. UFRGS, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Porto Alegre, RS - Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-9389.2017.49832

Palavras-chave:

Avaliação em Enfermagem, Acolhimento, Triagem

Resumo

A classificação de risco em serviços de urgência tem a finalidade de priorizar o atendimento, considerando a gravidade do quadro clínico do paciente. No entanto, há dificuldades em relação ao desenvolvimento dessa atividade pelo enfermeiro. O objetivo do estudo é avaliar a opinião dos enfermeiros sobre a classificação de risco em serviços de urgência. Trata-se de estudo exploratório, quantitativo, com utilização da técnica Delphi. Foram realizadas três rodadas de opinião por meio de questionário disponibilizado em plataforma eletrônica. As alternativas de resposta foram apresentadas de acordo com escala Likert e foi considerado consenso quando o percentual das alternativas de respostas apresentasse frequência igual ou superior a 70%. Para a amostra foram selecionados enfermeiros com experiência profissional e/ou pesquisadores da área. Na primeira rodada participaram 130 enfermeiros, 89 na segunda e 65 na terceira. Os enfermeiros indicaram que a classificação de risco organiza o fluxo de pacientes e diminui o tempo de espera, daqueles em estado grave, por atendimento. Para isso, utilizam o conhecimento clínico, experiência profissional e capacidade de gerenciar conflitos. Os enfermeiros discordaram que a classificação de risco proporciona o acolhimento e privacidade do paciente, assim como sobre a existência de capacitação periódica para o exercício dessa atividade. Concluiu-se que os enfermeiros fortalecem sua prática assistencial na classificação de risco dos pacientes, no entanto, é necessária a elaboração de estratégias para superar as dificuldades estruturais.

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Publicado

08-03-2018

Como Citar

1.
Duro CLM, Lima MAD da S, Weber LAF. Opinião de enfermeiros sobre classificação de risco em serviços de urgência. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 8º de março de 2018 [citado 17º de maio de 2024];21(1). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/49832

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