A educação em saúde crítica como ferramenta para o empoderamento de adolescentes escolares frente às suas vunerabilidades em saúde

Autores

  • Livia Neves Masson Universidade de São Paulo - USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - EERP, Departamento de Enfermagem em Saúde Pública, Ribeirão Preto SP , Brasil, Universidade de São Paulo - USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - EERP, Departamento de Enfermagem em Saúde Pública. Ribeirão Preto, SP - Brasil http://orcid.org/0000-0003-0987-7901
  • Marta Angélica Iossi Silva Universidade de São Paulo - USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - EERP, Departamento de Enfermagem em Saúde Pública, Ribeirão Preto SP , Brasil, Universidade de São Paulo - USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - EERP, Departamento de Enfermagem em Saúde Pública. Ribeirão Preto, SP - Brasil http://orcid.org/0000-0002-9967-8158
  • Luciane Sá de Andrade USP, EERP, Departamento de Enfermagem Psiquiátrica, Ribeirão Preto SP , Brasil, USP - EERP, Departamento de Enfermagem Psiquiátrica. Ribeirão Preto, SP - Brasil http://orcid.org/0000-0002-8703-7919
  • Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves USP, EERP, Departamento de Enfermagem Psiquiátrica, Ribeirão Preto SP , Brasil, USP - EERP, Departamento de Enfermagem Psiquiátrica. Ribeirão Preto, SP - Brasil http://orcid.org/0000-0003-2965-5409
  • Bruna Domingos dos Santos USP, EERP, Departamento de Enfermagem Psiquiátrica, Ribeirão Preto SP , Brasil, USP - EERP, Departamento de Enfermagem Psiquiátrica. Ribeirão Preto, SP - Brasil http://orcid.org/0000-0001-6726-4279

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-9389.2020.49955

Palavras-chave:

Educação em Saúde, Poder (Psicologia), Adolescente, Instituições Acadêmicas

Resumo

Objetivo: analisar como o trabalho de educação em saúde pode contribuir para o empoderamento de adolescentes escolares para a redução de suas vulnerabilidades. Método: trata-se de estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com 12 adolescentes, de ambos os sexos, com idades entre 15 e 17 anos, alunos do ensino médio de uma escola pública do interior paulista. Como critério de inclusão, optou-se por entrevistar estudantes que já haviam participado de atividades de educação em saúde desenvolvidas na escola no ano anterior à coleta dos dados e que ainda estavam participando das atividades no momento da entrevista. Os dados foram coletados por meio de um roteiro de entrevistas semiestruturadas e observação participante. O grupo de sujeitos foi definido a partir da saturação dos dados, homogeneidades e as diferenciações internas do grupo pesquisado. Para a análise utilizouse o método de análise de conteúdo, modalidade temática. Resultados: a trajetória analítico-interpretativa dos dados revelou dois núcleos temáticos: "as atividades de promoção da saúde, os instrumentais e estratégias utilizados" e "o empoderamento", permitindo evidenciar que os adolescentes que participaram das atividades de educação em saúde na escola tornaram-se mais empoderados para pensar sobre a própria vida e tomar decisões mais conscientes que afetem a si e à sociedade. Conclusão: atividades de educação em saúde quando realizadas sob a concepção crítica de uma educação libertadora, que promovam a formação de sujeitos reflexivos, contribuem para o desenvolvimento da autonomia e empoderamento, fatores estes propulsores de escolhas assertivas para melhor qualidade de vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Soares GC, Coutinho C, Martins DF, Martins SN, Pires FJ, Martins SL. Promovendo educação em saúde no espaço não formal de aprendizagem. Rev Bras Promoç Saúde. 2017[citado em 2019 ago. 4];30(1):5-12. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/408/40851313002.pdf

World Health Organization. The World Health Report 2008: primary health care now more than ever. Geneva: WHO; 2008[citado em 2018 set. 22]. Disponível em: https://www.who.int/whr/2008/whr08_en.pdf

Silva MAI, Mello FCM, Mello DF, Ferriani MGC, Sampaio JMC, Oliveira WA. Vulnerability in adolescent health: contemporary issues. Ciênc Saúde Colet. 2014[citado em 2019 ago. 3];19(2):619-27. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v19n2/1413-8123-csc-19-02-00619.pdf

Berni VL, Roso A. A adolescência na perspectiva da psicologia social crítica. Psicol Soc. 2014[citado em 2019 ago. 11];26(1):126-36. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/psoc/v26n1/14.pdf

Gontijo DT, Vasconcelos ACS, Monteiro RJS, Facundes VLD, Trajano MFC, Lima LS. Occupational therapy and sexual and reproductive health promotion in adolescence: a case study. Occup Ther Int. 2015[citado em 2019 ago. 3];23(1):19-28. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/oti.1399

Brandão Neto W, Silva ARS, Almeida Filho AJ, Lima LS, Aquino JM, Monteiro EMLM. Educational intervention on violence with adolescents: possibility for nursing in school context. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2014[citado em 2019 ago. 2];18(2):195-201. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v18n2/en_1414-8145-ean-18-02-0195.pdf

Feio A, Oliveira CC. Confluências e divergências conceituais em educação em saúde. Saúde Soc. 2015[citado em 2017 nov. 21];24(2):703-15. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v24n2/0104-1290-sausoc-24-02-00703.pdf

Flick U. Qualidade da pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman; 2009.

Minayo MCS. Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: consensos e controvérsias. Rev Pesqui Quali. 2017[citado em 2018 out. 08];5(7):1-12. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/315756131

Bardin L. Análise de conteúdo. 3ª ed. São Paulo: Edições 70; 2011.

Minayo MCS, Deslandes SF, Gomes R. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 27ª ed. Petrópolis: Vozes; 2016.

Ribeiro VT, Messias CMBO. A educação em saúde no ambiente escolar: um convite à reflexão. Rev Imp. 2016[citado em 2019 ago. 4];26(67):39-52. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistasunimep/index.php/impulso/article/view/2878/1908

Freitas NO, Carvalho KEG, Araújo EC. Estratégia de educação em saúde para um grupo de adolescentes do Recife. Adolesc Saúde. 2017[citado em 2018 jun. 25];14(1):29-36. Disponível em: http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=633

Paro VH. Crítica da estrutura da escola. 2ª ed. São Paulo: Cortez; 2018

Farre AGMC, Pinheiro PNC, Vieira NFC, Gubert FA, Alves MDS, Monteiro EMLM. Adolescent health promotion based on community-centered arts education. Rev Bras Enferm. 2018[citado em 2019 ago. 4];71(1):26-33. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v71n1/0034-7167-reben-71-01-0026.pdf

Freire P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 53ª ed. São Paulo: Paz e Terra; 2016.

Roth JL, Brooks-Gunn J. Evaluating youth development programs: progress and promise. Appl Dev Sci. 2016[citado em 2019 ago. 3];20(3):188-202. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10888691.2015.1113879

Publicado

08-06-2020

Como Citar

1.
Masson LN, Silva MAI, Andrade LS de, Gonçalves MFC, Santos BD dos. A educação em saúde crítica como ferramenta para o empoderamento de adolescentes escolares frente às suas vunerabilidades em saúde. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 8º de junho de 2020 [citado 13º de maio de 2024];24(1). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/49955

Edição

Seção

Pesquisa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)