A educação em saúde crítica como ferramenta para o empoderamento de adolescentes escolares frente às suas vunerabilidades em saúde
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20200023Palavras-chave:
Educação em Saúde, Poder (Psicologia), Adolescente, Instituições AcadêmicasResumo
Objetivo: analisar como o trabalho de educação em saúde pode contribuir para o empoderamento de adolescentes escolares para a redução de suas vulnerabilidades. Método: trata-se de estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com 12 adolescentes, de ambos os sexos, com idades entre 15 e 17 anos, alunos do ensino médio de uma escola pública do interior paulista. Como critério de inclusão, optou-se por entrevistar estudantes que já haviam participado de atividades de educação em saúde desenvolvidas na escola no ano anterior à coleta dos dados e que ainda estavam participando das atividades no momento da entrevista. Os dados foram coletados por meio de um roteiro de entrevistas semiestruturadas e observação participante. O grupo de sujeitos foi definido a partir da saturação dos dados, homogeneidades e as diferenciações internas do grupo pesquisado. Para a análise utilizouse o método de análise de conteúdo, modalidade temática. Resultados: a trajetória analítico-interpretativa dos dados revelou dois núcleos temáticos: "as atividades de promoção da saúde, os instrumentais e estratégias utilizados" e "o empoderamento", permitindo evidenciar que os adolescentes que participaram das atividades de educação em saúde na escola tornaram-se mais empoderados para pensar sobre a própria vida e tomar decisões mais conscientes que afetem a si e à sociedade. Conclusão: atividades de educação em saúde quando realizadas sob a concepção crítica de uma educação libertadora, que promovam a formação de sujeitos reflexivos, contribuem para o desenvolvimento da autonomia e empoderamento, fatores estes propulsores de escolhas assertivas para melhor qualidade de vida.
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