Interação medicamentosa em idosos internados no serviço de emergência de um hospital universitário

Autores

  • Juliane de Fátima Santos Antunes São PauloSP, Universidade Federal de São Paulo, Programa Multiprofissional em Envelhecimento , Brasil
  • Meiry Fernanda Pinto Okuno São PauloSP, UNIFESP, Escola Paulista de Enfermagem , Brasil
  • Maria Carolina Barbosa Teixeira Lopes São PauloSP, UNIFESP, Escola Paulista de Enfermagem , Brasil
  • Cássia Regina Vancini Campanharo São PauloSP, UNIFESP, Escola Paulista de Enfermagem , Brasil
  • Ruth Ester Assayag Batista São PauloSP, UNIFESP, Escola Paulista de Enfermagem , Departamento de Enfermagem, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v19i4.50060

Palavras-chave:

Interações de Medicamentos, Idoso, Segurança do Paciente, Saúde do Idoso

Resumo

OBJETIVO: identificar a ocorrência de potenciais interações medicamentosas em prescrições médicas de idosos internados no Serviço de Emergência. MÉTODOS: estudo transversal, amostra composta de 101 prescrições médicas das primeiras 24 horas de internação de idosos na sala de Emergências Clínicas do Pronto-Socorro. A análise das interações medicamentosas foi realizada pela base de dados Drugs.com, classificadas quanto ao potencial de interação em: grave, moderada e leve. RESULTADOS: o número de medicamentos das prescrições variou de duas a 14, com média de 5,8 por prescrição. Foram incluídos 587 medicamentos e identificaram-se 7% de interações graves, 26,8% moderadas e 7% leves; 11,3% grave/moderada, 21,1% moderada/leve e 26,8% grave/moderada/leve. CONCLUSÃO: este estudo identificou interações medicamentosas em prescrições médicas de idosos no Serviço de Emergência, classificadas, sobretudo, como moderadas. Ressalta-se a importância de os profissionais de saúde atentarem para as potenciais interações, aprazamento das prescrições, capacitação da equipe e monitoramento dos casos a fim de reduzir sua ocorrência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Organização Mundial da Saúde (OMS). Envelhecimento ativo: uma política

de saúde. Brasília (DF): OPAS; 2005.

Organização das Nações Unidas. Assembleia Mundial sobre envelhecimento:

Viena: ONU; 1982. Resolução No 39/125.

Félix JS. Economia da longevidade: uma revisão da bibliografia brasileira

sobre o envelhecimento populacional. In: Anais VIII Encontro da Associação

Brasileira de Economia da Saúde, 2007. [Citado em 2015 jun. 06]. Disponível

em: http://abresbrasil.org.br/trabalhos/economia-da-longevidade-umarevisao-da-bibliografia-brasileira-sobre-o-envelhecimento

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de

Ações Programáticas e Estratégicas, Área Técnica Saúde do Idoso. Caderno

de Atenção Básica No 12. Brasília (DF): MS; 2010.

São Paulo. Prefeitura Prefeitua Municipal, Secretaria Municipal de Saúde,

Centro de informações sobre medicamentos, Área Temática de Assistência

Farmacêutica. Uso de Medicamento pelo idoso. São Paulo (SP): CIM; 2003.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.

Formulário Terapêutico 2010. Rename 2010. Brasília (DF): MS; 2010.

Melgaço TB, Carrera JS, Nascimento DEB, Maia CDSF. Polifarmácia e ocorrências

de possíveis interações medicamentosas. Rev Para Med. 2011;25(1).

Santana JA. Envelhecimento populacional e política de saúde: contribuições

para a reflexão acerca dos desafios que o processo de envelhecimento

populacional traz para a definição da agenda da política de saúde pública

brasileira. Vértices. 2012;14(3):85-101.

Pilger C, Menon MU, Mathias TAF. Utilização de serviços de saúde por idosos

vivendo na comunidade. Rev Esc Enferm USP. 2013; 47(1):213-20.

Carmo LV, Drummond LP, Arantes PMM. Avaliação do nível de fragilidade

em idosos participantes de um grupo de convivência. Fisioter Pesqui.

;18(1):17-22.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: Uma Reflexão

Teórica Aplicada À Prática. Brasília: Anvisa, 2013.

Oliveira GN, Vancini-Campanharo CR, Okuno MFP, Batista REA. Acolhimento

com avaliação e classificação de risco: concordância entre os enfermeiros

e o protocolo institucional. Rev Latino-Am Enferm. 2013;21(2):500-6.

[Citado em 2015 jun. 06]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-

Salomé GM, Martins MFMS, Espósito VHC. Sentimentos vivenciados pelos

profissionais de enfermagem que atuam em unidade de emergência. Rev Bras

Enferm. 2009;62(6):856-62.

Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Parecer No 036 de 15

de maio de 2013: Ementa: Competência para aprazamento da prescrição

médica. São Paulo (SP); COREN, 2013.

Secoli SR. Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de

medicamentos por idosos. Rev Bras Enferm. 2010;63(1):136-40.

Santos DN, Sousa SNS, Silva DRS, Silva JC, Figueiredo MLF. Regime

terapêutico inadequado em idosos acamados no domicílio. Rev Min Enferm.

;13(2):169-76.

Drug Interactions Checker. Drug Information Online. [Citado em 2015 jun

. Disponível em: http://www.drugs.com/drug_interactions.php

Inouye K, Pedrazzani ES. Nível de instrução, status socioeconômico e

avaliação de algumas dimensões da qualidade de vida de octogenários. Rev

Latino-Am Enfermagem. 2007;15:742-47.

Marin MJS, Cecílio LCO, Perez AEWUF, Santella F, Silva CBA, Filho JRG, et al.

Caracterização do uso de medicamentos entre idosos de uma unidade do

Programa Saúde da Família. Cad Saúde Pública. 2008;2(7):1545-55.

Silva NMO, Carvalho RP, Bernardes ACA, Moriel P, Mazzola PG, Franchini

CC. Avaliação de potenciais interações medicamentosas em prescrições

de pacientes internadas, em hospital público universitário especializado

em saúde da mulher, em Campinas-SP. Rev Ciênc Farm Básica Apl.

;31(2):171-6.

Mazzola PG, Rodrigues AT, Cruz A, Marialva M, Granja S, Battaglini SC, et

al. Perfil e manejo de interações medicamentosas potencias teóricas em

prescrições de UTI. Rev Bras Farm Hosp Serv Saúde São Paulo. 2011;2(2):15-9.

Leiss W, Méan M, Limacher A, Righini M, Jaeger K, Beer HA, et al. Polypharmacy

is associated with an increased risk of bleeding in elderly patients with venous

thromboembolism. J Gen Intern Med. 2015;30(1):17-24.

Sousa-Munoz RL, Ibiapina GR, Gadelha CS, Maroja JLS. Prescrições geriátricas

inapropriadas e polifarmacoterapia em enfermarias de clínica médica de um

Hospital-Escola. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2012;15(2):315-24.

Pinheiro JS, Carvalho MFC, Luppi G. Interação medicamentosa e a

farmacoterapia de pacientes geriátricos com síndromes demenciais. Rev Bras

Geriatr Gerontol. 2013;16(2):303-14.

Publicado

01-12-2015

Como Citar

1.
Antunes J de FS, Okuno MFP, Lopes MCBT, Campanharo CRV, Batista REA. Interação medicamentosa em idosos internados no serviço de emergência de um hospital universitário. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de dezembro de 2015 [citado 8º de outubro de 2024];19(4). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50060

Edição

Seção

Pesquisa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.