Associação do perfil de usuários frequentes com as características de utilização de um serviço de emergência

Autores

  • Bianca Campos Teixeira Moniz Frango Hospital 9 de Julho, São Paulo SP , Brazil, Hospital 9 de Julho. São Paulo, SP – Brasil, Hospital 9 de Julho
  • Ruth Ester Assayag Batista Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Enfermagem, São Paulo SP , Brazil, Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Escola Paulista de Enfermagem. São Paulo, SP – Brasil, Universidade Federal de São Paulo
  • Cássia Regina Vancini Campanharo Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Enfermagem, São Paulo SP , Brazil, Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Escola Paulista de Enfermagem. São Paulo, SP – Brasil, Universidade Federal de São Paulo
  • Meiry Fernanda Pinto Okuno Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Enfermagem, São Paulo SP , Brazil, Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Escola Paulista de Enfermagem. São Paulo, SP – Brasil, Universidade Federal de São Paulo
  • Maria Carolina Barbosa Teixeira Lopes Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Enfermagem, São Paulo SP , Brazil, Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Escola Paulista de Enfermagem. São Paulo, SP – Brasil, Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5935/1415-2762.20180001

Palavras-chave:

Serviço Hospitalar de Emergência, Mau Uso de Serviços de Saúde, Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde

Resumo

Objetivo: caracterizar o perfil e os atendimentos dos usuários frequentes de um serviço de emergência e associar as características sociodemográficas e clínicas dos usuários com as características de utilização do serviço. Método: estudo retrospectivo e analítico realizado no serviço de emergência de um hospital universitário localizado no município de São Paulo. Foram incluídos prontuários dos pacientes que procuraram o serviço de emergência no mínimo quatro vezes num período de 12 meses entre setembro de 2013 e agosto de 2014. Resultados: incluídos 480 prontuários (2.808 atendimentos). A média de atendimentos foi de 5,85, sendo que a amostra variou de quatro a 28 atendimentos. Foram classificados como verdes após a classificação de risco 44,4% dos pacientes; como laranja, 13,1%; e como vermelho 8,1%, sendo que a maioria desses atendimentos foi realizada às segundas-feiras; 69,1% tiveram como desfecho a alta hospitalar. Predominaram os atendimentos não urgentes. Conclusão: os serviços de emergência podem elaborar estratégias junto com as unidades básicas de saúde que facilitem o gerenciamento dos casos a fim de suprir integralmente as necessidades dos usuários no nível adequado de assistência, implementando um sistema de fluxo de referência e contrarreferência dos pacientes.

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Publicado

07-06-2018

Edição

Seção

Pesquisa

Como Citar

1.
Associação do perfil de usuários frequentes com as características de utilização de um serviço de emergência. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 7º de junho de 2018 [citado 23º de março de 2025];22. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/49678

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