Traumatismo cranioencefálico: causas e perfil das vítimas atendidas no pronto-socorro de Pelotas/Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Fernanda dos Santos Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Enfermagem , Programa de Pós-Graduação; PelotasRS, Núcleo de Doenças Crônicas e Interfaces, Brasil
  • Letícia Pilotto Casagranda PelotasRS, UFPel, Curso de Graduação em Enfermagem , Brasil
  • Celmira Lange PelotasRS, Núcleo de Doenças Crônicas e Interfaces, Brasil; RS, UFPel, Faculdade de Enfermagem , Brasil
  • Juliano Carvalho de Farias
  • Patrícia Mirapalheta Pereira RS, UFPel, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem , Brasil
  • Vanda Maria da Rosa Jardim PelotasRS, UFPel, Faculdade de Enfermagem , Brasil
  • Ana Amália Pereira Torres UFPel, Faculdade de Enfermagem , Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem da Enfermeira; PelotasRS, Núcleo de Estudos em Práticas de Saúde e Enfermagem, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v17i4.50207

Palavras-chave:

Traumatismos Craniocerebrais, Causas Externas, Perfil de Saúde

Resumo

O objetivo foi conhecer as causas e o perfil das vítimas com traumatismo cranioencefálico (TCE) atendidas em um Pronto-Socorro da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Brasil. Estudo de caráter quantitativo, retrospectivo e descritivo, no qual os dados foram coletados de Fichas de Atendimento (FA) das vítimas de TCE atendidas no ano de 2008. Foram analisadas 496 FAs de vítimas de TCE, com predomínio do sexo masculino. A faixa etária mais acometida foi de zero a 15 anos e a maioria residia no perímetro urbano de Pelotas. Quanto à gravidade, o TCE leve foi mais evidenciado, embora 56,3% das vítimas de TCE não apresentassem esse registro na FA. Do total da população que apresentou TCE ignorado, 36% tinham zero a 15 anos e 28% de 16 a 30 anos. As etiologias predominantes foram as quedas, com 47%, seguidas pelas agressões, quando comparadas com todas as faixas etárias. A idade mais atingida por TCE foi a de um ano. Percebe-se que o TCE acomete mais as crianças, fato que pode ser explicado pelo comportamento e desenvolvimento infantil e também pela supervisão inadequada. Frente aos dados desta pesquisa, é pertinente a elaboração de um protocolo de atendimento a essas vítimas, realização de programas de prevenção e mais estudos sobre o tema.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação. Traumatismo Cranioencefálico.

[Citado em 2012 ago. 12]. Disponível em: <http://www.sarah.br/paginas/

doencas/po/ p_07_traumatismo_cranioence.htm>.

Huddleston SS, Ferguson SG. Emergências clínicas: abordagens, intervenções

e autoavaliação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. 358p.

Magalhães FA. Histórico de TCE. PAPH-FAMED. Sobral: UFC; 2008.

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS (DATASUS).

Informações de saúde: estatísticas vitais. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

Melo JRT, Santana DLP, Pereira JLB, Ribeiro TF. Traumatismo craniencefálico

em crianças e adolescentes na cidade do Salvador – BAHIA. Arq

Neuropsiquiatr. 2006; 64:994-6.

Hora EC, Sousa RMC. Necessidades das famílias após o Trauma

Cranioencefálico: dados da realidade Brasileira. Enferm Foco. 2012;2(3):88-92.

Silva MAI, Pan R, Melo L, Bortoli PS, Nascimento LC. Perfil dos atendimentos

a crianças e adolescentes vítimas de causas externas de morbimortalidade,

-2006. Rev Gaúcha Enferm. 2010; 31:351-8.

Guerra SD, Carvalho LFA, Affonseca CA, et al. Fatores associados à hipertensão

intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânioencefálico grave. J Pediatr (Rio J). 2010; 86:73-9.

Cavalcanti AL, Martins VM, Lucena RN, Granville-Garcia AF, Menezes VA.

Morbidade por causas externas em crianças e adolescentes em Campina

Grande, Paraíba. Arq Catarin Med. 2008; 37:27-33.

Freitas JPP, Ribeiro LA, Jorge MT. Vítimas de acidentes de trânsito na

faixa etária pediátrica atendidas em um hospital universitário: aspectos

epidemiológicos e clínicos. Cad Saúde Pública. 2007 dez; 23(12):3055-60.

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS (DATASUS).

Informações de saúde: estatísticas vitais. Brasília: MS; 2011.

Barbosa ME, Silva LC, Andrade ÉV, Luiz BL, Bolina AF, Mattia AL, et al.

Avaliação da dor crônica em idosos institucionalizados. REME - Rev Min

Enferm. 2012 jan/mar;16(1):63-8.

Maagh SB. Idosos vítimas de acidentes e violência atendidos em um serviço

de emergência do sul do Brasil [dissertação]. Pelotas: Universidade Federal

de Pelotas; 2011.

Muniz FC, Arnaut AC, Yoshida M, Trelha CS. Caracterização dos idosos com

fratura de fêmur proximal atendidos em hospital escola público. Rev Espaço

Saúde. 2007; 8(2):33-8.

Parolin M. Traumatismo cranioencefálico (TCE). Trauma: atendimento préhospitalar. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 2007.

Rocha CMN. Traumatismo cranioencefálico: correlação entre dados

demográficos, escala de Glasgow e tomografia computadorizada de crânio

com a mortalidade em curto prazo na cidade de Maceió, Alagoas [tese]. São

Paulo: FMUSP; 2006.

Machado Filho JA, Silva AC, Machado MMT, Madureira RA, Carvalho FHA,

Santiago LR, et al. Perfil clínico-epidemiológico das crianças e adolescentes

hospitalizados por traumatismo crânio encefálico. RBPS. 2010; 23:335-42.

Filocomo FRF, Harada MJCS, Silva CV, Pedreira MLG. Estudo dos acidentes na

infância em um pronto socorro pediátrico. Rev Latinoam Enferm. 2002; 10:41-7.

Martins CBG. Acidentes na infância e adolescência: uma revisão bibliográfica.

Rev Bras Enferm. 2006; 59:344-8.

Aşilioğlu N, Turna T, Paksu SM. Hiperglicemia na admissão é um preditor

confiável da evolução de crianças com traumatismo cerebral grave. J Pediatr

(Rio J). 2011;87:325-8.

Salomone JP, Pons PT. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado/

NAEMT (National Association of Emergency Medical Technicians). Rio de

Janeiro: Elsevier; 2007.

Buksman S, Vilela ALS, Pereira SRM, Lino VS, Santos VH. Queda em Idosos:

prevenção. Projeto diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho

Federal de Medicina; Outubro 2008.

Martins CBG, Andrade SM. Epidemiologia dos acidentes e violências entre

menores de 15 anos em município da região sul do Brasil. Rev Latinoam

Enferm. 2005; 13:530-7.

Bortolotti F. Manual do ocorrista. 3ª ed. Porto Alegre: Expansão; 2012. 608p.

Karstein AA. Análise epidemiológica das vítimas atendidas pelo SIATE e

transportadas ao Hospital Cajuru. Rev Bras Ortoped. 1996; 31:485-90.

Publicado

01-12-2013

Como Citar

1.
Santos F dos, Casagranda LP, Lange C, Farias JC de, Pereira PM, Jardim VM da R, Torres AAP. Traumatismo cranioencefálico: causas e perfil das vítimas atendidas no pronto-socorro de Pelotas/Rio Grande do Sul, Brasil. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de dezembro de 2013 [citado 22º de novembro de 2024];17(4). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50207

Edição

Seção

Pesquisa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)