Estado nutricional: antropometria, consumo alimentar e dosagens bioquímicas de adultos e idosos - projeto Bambuí um estudo de base populacional

Autores

  • Aline Cristine Souza Lopes UFMG, Escola de Enfermagem , Programa de Pós-Graduação em Enfermagem; Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento, Grupo de Pesquisas em Epidemiologia, Observatório de Saúde Urbana , aline@enf.ufmg.br
  • Waleska Teixeira Caiaffa UFMG, Faculdade de Medicina , Departamento de Medicina Preventiva e Social e Membro do Colegiado de Pós-Graduação em Saúde Pública; Grupo de Pesquisas em Epidemiologia e Observatório de Saúde Urbana
  • Rosely Sichieri UERJ, Instituto de Medicina Social , Departamento de Epidemiologia
  • Sueli Aparecida Mingoti UFMG, Instituto de Ciências Exatas , Departamento de Estatística; Grupo de Pesquisas em Epidemiologia
  • Maria Fernanda Furtado de Lima-Costa FIOCRUZ, Centro de Pesquisas René Rachou , Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde; UFMG, Faculdade de Medicina , Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública; Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento; Grupo de Pesquisas em Epidemiologia, Observatório de Saúde Urbana

Palavras-chave:

Antropometria, Consumo de Alimentos, Dislipidemias, Idoso, Índice de Massa Corporal, Obesidade

Resumo

OBJETIVO: Verificar a adequação do estado nutricional de acordo com o sexo e idade. MÉTODO: inquérito nutricional populacional em amostra aleatória de 409 indivíduos (>18 anos) utilizando dados antropométricos, bioquímicos e consumo de nutrientes obtidos pelo Questionário Semiquantitativo de Freqüência Alimentar calibrado. A análise constou de teste de comparações das razões de adequação do nutriente (RAN) de acordo com IMC, idade e sexo, testes de Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney, t-Student, Kruskal-Wallis, qui-quadrado, exato de Fisher e correlação de Spearman. RESULTADOS: Alterações de IMC foram encontradas em 52% dos participantes, sendo estatisticamente maiores as prevalências de obesidade entre mulheres (18,3%) e idosos (23,2%). De acordo com índice RAN, 100% dos indivíduos relataram consumo insuficiente de fibras, zinco, vitaminas A, C e E, cálcio e carboidratos, independentemente do diagnóstico antropométrico. Para os demais nutrientes, observouse: a) relato deficiência de ferro em mulheres (90%); b) insuficiência de vitamina B6 em eutróficas (59,6%), obesas (56,1%) e idosos com sobrepeso (76,9%); c) excesso de lipídeos (46,2%) e ácidos graxos saturados (46,2%) em idosos obesos; d) relação inadequada de ácidos graxos em idosos com sobrepeso (61,5%). Quanto às dosagens bioquímicas, 13,7% possuíam colesterol elevado, 20,3% HDL-colesterol baixo, 18,8% colesterol alto e muito alto e, 23,0% tolerância diminuída e 3,2% diabetes mellitus. DISCUSSÃO: Foram altas as prevalências de distúrbios nutricionais, avaliados pela antropometria, consumo dietético e dosagens bioquímicas. Mulheres e idosos apresentaram altas prevalências de excesso de peso, com relevante inadequação do consumo alimentar e dosagens lipídicas e glicêmicas, sugerindo a necessidade de ações de saúde diferenciadas.

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Publicado

01-12-2008

Como Citar

1.
Lopes ACS, Caiaffa WT, Sichieri R, Mingoti SA, Lima-Costa MFF de. Estado nutricional: antropometria, consumo alimentar e dosagens bioquímicas de adultos e idosos - projeto Bambuí um estudo de base populacional. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de dezembro de 2008 [citado 30º de junho de 2024];12(4). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50583

Edição

Seção

Pesquisa