Discursos dos cursos da área da saúde sobre gênero e biotecnologias no âmbito da formação
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v26i.38478Palavras-chave:
Identidade de Gênero, Biotecnologia, EducaçãoResumo
Objetivo: investigar os discursos sobre gênero e biotecnologias no âmbito da formação dos cursos da área da saúde. Metodologia: trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória descritiva que está alicerçada em um estudo maior - projeto de pesquisa - desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde (GEPS), intitulado “Gênero e Biotecnologias: Interfaces entre discursos e instituições na formação de alunos dos cursos da área da saúde”. A pesquisa ocorreu entre os meses de março e outubro de 2019, sendo realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com estudantes brasileiros e espanhóis da área da saúde, gravadas em áudio e transcritas para Análise do Discurso. Resultados e Discussão: os achados indicam que Gênero e Biotecnologia são temáticas que não subsidiam as discussões da formação de futuros profissionais da saúde, mostrando um entendimento de gênero centrado numa norma binária, não havendo espaço para outras possibilidades identitárias, além de a heterossexualidade ser vista como padrão de comportamento a ser seguido. Percebe-se uma certa complexidade na formulação dos discursos dos estudantes no que se refere aos aspectos em que gênero e biotecnologias escapam da relação entre corpo biológico e utilização tecnológica para esses enquadramentos físicos e mentais. Considerações Finais: as discussões sobre gênero e biotecnologias nas universidades estudadas têm sido realizadas de forma isolada, sendo necessária uma reestruturação de seus currículos de modo que os temas apresentados passem a ser contemplados para que, efetivamente, componham a formação equitativa e integral de profissionais.
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