Amazonas utópicas
um matriarcado comunitário na floresta
DOI:
https://doi.org/10.35699/2316-770X.2017.12603Palavras-chave:
Amazonas, Matriarcado, AmbientalismoResumo
Este artigo discute a representação das Amazonas na literatura brasileira. A lenda de uma temível tribo de
mulheres acompanhou uma visão distópica da Amazônia como um “inferno verde”. Argumento neste artigo que, com o desenvolvimento do estado devido ao boom da borracha e, em especial, com o advento do ambientalismo, as Amazonas tornaram-se parte de uma visão idealizada da floresta tropical. Analiso aqui duas formas de representação utópica das Amazonas: a descrição de uma tribo perdida de mulheres, no romance A Amazônia misteriosa (1925), de Gastão Cruls, e a visão de Abguar Bastos da terra prometida das Amazonas, em A Amazônia que ninguém sabe (1929).