Afinal, quem é migrante?

agência e historicidade na mensuração da migração internacional recente no Brasil

Autores

  • Marden Barbosa de Campos Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-770X.2018.19482

Palavras-chave:

Migração, Fontes de informação, Brasil

Resumo

O presente ensaio discute a agência e historicidade das estatísticas sobre migração internacional produzidas no Brasil. Seu argumento central é que o momento histórico atual cria agenciamentos específicos formados por uma articulação entre órgãos governamentais, universidades e centros de pesquisa na sustentação do conceito de migrante. Para isso, apresenta as bases conceituais sobre as quais são feitas as tentativas de mensuração da migração, como foco nos dados censitários sobre o fenômeno. Termina destacando como novas fontes de informação e ferramentas de análise que surgem com o avanço das tecnologias de comunicação e deslocamento nos forçam a repensar, conceitualmente, as categorias de análise que normalmente utilizamos para estudos quantitativos sobre o tema.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marden Barbosa de Campos, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Professor da Fafich/UFMG. E-mail: mardencampos@gmail.com

Referências

ANDERSON, B. Imagined Communities: reflections on the Origin and Spread of Nationalism. London and New York: Verso Books, 1991.

COURGEAU, D. Méthodes de Mesure de la mobilité spatiale: migrations internes, mobilité temporaire, navettes. Éditions de L’Institut National d’Etudes Démographiques. Paris: L’institut national d’études démographiques, 1988.

CRESSWELL, T. On the Move: mobility in the modern western world. London: Routledge, 2006.

DESROSIÈRES, A. La política de los grandes números: historia de la razón estadística. Barcelona: Melusina, 2004.

POLÍTICA FEDERAL – DPF. Sistema Nacional de Cadastramento de Registro de Estrangeiros. Coordenação Geral de Polícia de Imigração.

FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1975.

IBGE. Microdados da Amostra do Censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

IGO, S. E. The Averaged American: surveys, Citizens, and the Making of a Mass Public. Cambridge:Harvard University Press,2008.

LATOUR, B. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos. Bauru: EDUSC, 2001.

LÉVY, P. O que é o virtual? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996.

PORTER, T. Trust in Numbers: the Pursuit of Objectivity in Science and Public Life. Princeton: Princeton University Press, 1995.

RAVENSTEIN, E. The laws of migration. Journal of the Royal Statistical Society. Series A (Statistics in Society), London, v. 52, n. 2, p. 241-305, Jun. 1889.

STATE, B; WEBER, I; ZAGHENI, E. Studying international mobility through ip geolocation. In: ACM. Proceedings of the sixth ACM international conference on Web search and data mining. 2013.

SUST, V. Big Data and Tourism: new indicators for tourism management. Barcelona: RocaSalvatella and Telefonica, 2014.

UN Global Pulse. Estimating migration flows using online search data. Global Pulse Project Series,n. 4, 2014.

ZAGHENI, E et al. Inferring international and internal migration patterns from twitter data. In: ACM. Proceedings of the 23rd International Conference on World Wide Web. [S.l.], 2014.

Downloads

Publicado

2018-12-31

Como Citar

CAMPOS, M. B. de. Afinal, quem é migrante? agência e historicidade na mensuração da migração internacional recente no Brasil. Revista da UFMG, Belo Horizonte, v. 25, n. 1 e 2, p. 64–87, 2018. DOI: 10.35699/2316-770X.2018.19482. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadaufmg/article/view/19482. Acesso em: 13 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos