Agricultura urbana e migrações

processos de resistência e interculturalidade

Autores

  • Luana do Carmo Araujo de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG / Universidad de Salamanca
  • Cristiana Guimarães Alves Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG
  • Bruno Martins Dala Paula Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-770X.2018.19538

Palavras-chave:

Agricultura urbana, Migrações, Interculturalidade

Resumo

Neste artigo, promove-se uma reflexão sobre o papel da agricultura urbana (AU) no uso e ocupação do espaço urbano e sua conexão com os processos migratórios. A AU é uma prática com multifuncionalidades, uma vez que integra aspectos ecológicos, sociais, culturais e políticos para o desenvolvimento de cidades economicamente justas, ecologicamente sustentáveis e culturalmente sensíveis. No entanto, o que se pretende neste texto é visibilizar os aspectos sociopolíticos, bem como simbólicos e culturais da AU, ou seja, discutir seu caráter promotor de direitos e coesão social, nos processos de vínculo comunitário, na expressão de práticas tradicionais, em resistência às imposições do modelo de vida ditado pelo sistema socioeconômico dominante, visando à valorização da identidade cultural e das novas territorialidades em experiências de migrações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luana do Carmo Araujo de Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG / Universidad de Salamanca

Bióloga pela Universidade Federal de Minas Gerais e Mestre em Antropologia de Iberoamérica pela Universidad de Salamanca, Espanha. E-mail: luaolive@usal.es

Cristiana Guimarães Alves, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG

Geógrafa e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Trabalho e Tecnologias do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). E-mail: cristianagalves@gmail.com

Bruno Martins Dala Paula, Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL

Nutricionista, mestre e doutor em Ciência de Alimentos pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais. Professor Adjunto da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL).
E-mail: bruno.paula@unifal-mg.edu.br

Referências

ALMADA, E. D.; SOUZA, M. O. Quintais como patrimônio biocultural. In: ALMADA, E. D.; SOUZA, M.O. Quintais – Memória, resistência e patrimônio biocultural. Belo Horizonte, Editora UEMG, 2017. p. 15-29.

ALMADA, Emmanuel; MORAIS, Lídia; COUTINHO, Maura. O concreto arado. Parahyba, v. 2,p. 27-31, 2012.

ALONSO, Angela. Repertorio, Segundo Charles Tilly: História de um conceito. Sociol. Antropol. v. 2, n. 3, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-38752012000300021.> Acesso em: 22 fev. 2018.

APARICIO, Jesús Maria. Interculturalidad, educación y plurilingüismo en América Latina. Madrid: Pirámide, 2011. 238p. AUGÉ, M. Los No Lugares. Espacios del Anonimato. Barcelona: Gedisa, 1998. 128p.

BOAKYE, A. A.; GUDJÓNSDÓTTIR, M.; SKYTTE, J. L.; CHRONAKIS, I. S.; WIREKO-MANU, F. D.; ODURO, I. Characteristics of Xanthosoma sagittifolium roots during cooking, using physicochemical analysis, uniaxial compression, multispectral imaging and low fiel NMR spectroscopy. Journal of Food Science and Technology, v. 54, n. 9, p. 2670-2683, 2017.

BONAFÉ, Jaume Martínez. La ciudad en el curriculum y el curriculum en la ciudad. In: J. GIMENO, Saberes e incertudumbres sobre el curriculum. Madrid: Morata, 2010 640p.

BRASIL. Presidência da República. Constituição (1988). Emenda constitucional nº 64. Altera o art. 6o da Constituição Federal, para introduzir alimentação como direito social. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 5 fev. 2010. Seção 1, p. 1.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira, 2. ed. Brasília, 156p, 2014.

CARNEIRO, M. J. Ruralidade: novas identidades em construção. Estudos Sociedade e Agricultura, v. 6, n. 2, p. 53-75, 1998.

CASADEVANTE, L. J. F.; MORÁN, N. A. Nós plantamos! Urbanismo participativo y agricultura urbana en los huertos comunitarios de Madrid. Habitat y Sociedad, n. 4, p. 55-71, 2012. Disponível em: <https://revistascientificas.us.es/index.php/HyS/article/ view/3963.> Acesso em: 2 fev. 2018.

CAXITO, M. L. C.; CORREIA, R. R.; GOMES, A. C. C.; JUSTO, G.; COELHO, M. G. P.; SAKURAGUI, C. M.; KUSTER, R. M.; SABINO, K. C. C. In vitro antileukemic activity of Xanthosoma sagittifolium (Taioba) leaf extract. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, ID 384267, http://dx.doi.org/10.1155/2015/384267, 2015.

CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano: 1, Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994. 320 p.

COUTINHO, M. N. Agricultura urbana: práticas populares e sua inserção em políticas públicas. 2010. 205p. Dissertação (mestrado) - Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, 2010.

DALA PAULA, B. M.; LOVO, I. C.; LOPES FILHO, J. D. The productive Garden: an experience in the city of Belo Horizonte, Brazil. Urban Agriculture Magazine, n. 23, p. 22-24, 2010.

DUARTE, M. R.; HAYASHI, S. S. Estudo anatômico de folha e caule de Pereskia aculeata Mill. (Cactaceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 15, n. 2, p. 103-109, 2005.

FAO - Food and Agriculture Organization. Cuestiones de la agricultura urbana, 1999. Disponível em: <http://www.fao.org/ag/esp/revista/9901sp2.htm>. Acesso em: 20 fev. 2018.

FAO - Food and Agriculture Organization. Segurança e Soberania alimentar, 2006. Disponível em: <http://www.fao.org/3/a-ax736s.pdf.> Acesso em: 3 fev. 2018.

GIMÉNEZ, G. Territorio e identidad. Breve introducción a la geografía cultural. Trayectorias, n. 17,p. 8-23, 2005.

HISSA, Cassio Eduardo Viana; WSTANE, Carla. Cidades incapazes. GEOgraphia, Rio de Janeiro, v. 11, n. 21, p. 85-98, 2009. Disponível em: <http://www.geographia.uff.br/index.php/geographia/article/view/282.>. Acesso em: 22 fev. 2018.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estatísticas do século XX. Rio de Janeiro, 557p., 2006. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/ liv37312.pdf>. Acesso em: 2 fev. 2018.

INTERKULTURELLE-GAERTEN, 2018. Disponível em: <http://www.interkulturelle-gaerten.ch/site/de/aktuelles>. Acesso em: 20 fev. 2018.

KELEN, M. E. B.; IANA, S. V. N.; KEHL, K. C. K.; BRACK, P.; DA SILVA, D. B. Plantas alimentícias não convencionais (PANCs) hortaliças espontâneas e nativas. Porto Alegre, UFRGS, 2015. 44p.

KINUPP, V. F.; BARROS, I. B. I. Teores de proteínas e minerais de espécies nativas, potenciais hortaliças e frutas. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 28, n. 4, p. 846-857, 2008.

LEFEBVRE, H. El Derecho a la ciudad. Madrid: Alianza Editorial, 1969. 169p.

MARTINS, C. R, FARIAS, R. M. Produção de Alimentos X Desperdício: Tipos, Causas e Como Reduzir Perdas na Produção Agrícola – Revisão. Revista da FZVA Uruguaiana, v. 9, n. 1, p. 20-32, 2002.

MARX, K. ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. 1848.

MORÁN, N. A. Agricultura urbana: un aporte a la rehabilitación integral. Papeles de relaciones ecosociales y cambio global, n. 111, p. 99-111, 2010.

ONU. United Nations. Department of Economic and Social Affairs. Disponível em: <https://www.un.org/development/desa/publications/international-migration-report-2017.html.>. Acesso em: 2 fev. 2018.

MÜLLER, C. Wurzeln schlagen in der Fremde, Internationale Gärten und ihre Bedeutung für Inte-grationsprozesse. oekom Verlag, München. 2002. Disponível em: <https://anstiftung.de/images/wurzeln_schlagen_in_der_fremde.pdf.>. Acesso em: 20 fev. 2018.

PMS - PREFEITURA MUNICIPAL DE SABARÁ. 20º Festival do Ora-Pro-Nobis, 2017. Disponível em: <http://site.sabara.mg.gov.br/programacao-do-festival-do-ora-pro-nobis/>. Acesso em: 2 fev. 2018.

QUEIROZ, T. A. N. Espaço geográfico, território usado e lugar: Ensaio sobre o pensamento de Milton Santos. Para Onde!?, v. 8, n. 2, p. 154-161, 2014.RIBEIRO, D. Cultura. Revista do Brasil, v. 1, ed. especial, 1986.

RODRIGUEZ-POLO, José Ramón. Bloqueo mediático, redes sociales y malestar ciudadano. Para entender el movimiento español del 15-M. Palabra clave, v. 16, n. 1, p. 45-68, 2013.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1999. 209p.

SANTILLI, Juliana. Agrobiodiversidade e direitos dos agricultores. São Paulo: Petrópolis, 2009. Disponível em: <https://uc.socioambiental.org/agrobiodiversidade/agrobiodiversidade-e-direitos-dos-agricultores>. Acesso em: 22 fev. 2018.

SANTOS, Boaventura Sousa. Los Nuevos Movimientos Sociales. OSAL, 177-188, 2001. Disponível em: <http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/pdfs/Los_nuevos_movimientos_socialesO-SAL2001.PDF>. Acesso em: 22 fev. 2018.

SCHIAVO, Ester; GELFUSO, Alejandro. Democracia y movimientos sociales emergentes: De la disputa por los territorios a las políticas sociales. Anais do 4o Encontro Internacional de Política Social e 11º Encontro Nacional de Política Social, Vitória, p. 1-16, 2016 Disponível em: <http://periodicos.ufes.br/EINPS/article/viewFile/12948/9348.> Acesso em: 02 de fev. 2018.

TOLEDO, Victor Manuel; BARRERA-BASSOLS, Narciso. A etnoecologia: uma ciência pós-moderna que estuda as sabedorias tradicionais. Rev. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 20, p. 31-45, 2009.

UCLG – Committee on Social Inclusion Participatory Democracy and Human Rights. Inclusive Ci-Inclusive Cities Observatory. Belo Horizonte, Brazil: Villa Viva Programme – Aglomerado da Serra. 7p., 2010. Disponível em: <https://www.uclg-cisdp.org/sites/ default/files/Belo%20Horizonte_2010_en_final.pdf>. Acesso em: 9 fev. 2018.

ZAAR, MIRIAM-HERMI. Agricultura Urbana: Algunas reflexiones sobre su orígen e importancia actual. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales, v. XVI, n. 944, 2011. Disponível em: <http://www.ub.edu/geocrit/b3w-944.htm>. Acesso em: 20 de fev. 2018.

ZAPATA-BARRERO, R. Hacia un nuevo concepto de ciudadanía. Revista Anthropos, v. 191, p. 3-20, 2001.

Downloads

Publicado

2018-12-31

Como Citar

OLIVEIRA, L. do C. A. de; ALVES, C. G.; DALA PAULA, B. M. Agricultura urbana e migrações: processos de resistência e interculturalidade. Revista da UFMG, Belo Horizonte, v. 25, n. 1 e 2, p. 198–223, 2018. DOI: 10.35699/2316-770X.2018.19538. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadaufmg/article/view/19538. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos