O Rompimento da barragem da Samarco (Vale, BHP Billiton) e as consequências para Barra Longa (MG)

Autores

  • Veronica Medeiros Alagoano Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) / Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas)
  • Juliana Aparecida Cobucci Pereira Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) / Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas)

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-770X.2020.21469

Palavras-chave:

Mineração , Desastre/crime da Samarco (Vale, BHP Billiton), Reparação

Resumo

Este artigo busca sintetizar as consequências do rompimento da barragem de Fundão para as pessoas atingidas do município de Barra Longa (MG), quatro anos e meio após a tragédia. Reconhecido como o maior desastre do gênero no país, o rompimento de Fundão possui danos ambientais e sociais ainda não mensurados e se encontra imerso em disputas para categorizá-lo: acidente/evento, desastre tecnológico e crime. Desse modo, faz-se necessário entender os rompimentos de barragens como consequência do modelo econômico e de mineração centrados na ampliação do lucro das corporações. Neste quadro, mais de 40 municípios seguem na luta pelo direito à reparação integral dos danos pelo enfrentamento às empresas responsáveis e seus arranjos jurídicos e políticos para não executar a reparação de forma célere e satisfatória.

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Publicado

2021-10-01

Como Citar

ALAGOANO, V. M.; PEREIRA, J. A. C. . O Rompimento da barragem da Samarco (Vale, BHP Billiton) e as consequências para Barra Longa (MG). Revista da UFMG, Belo Horizonte, v. 27, n. 2, p. 178–205, 2021. DOI: 10.35699/2316-770X.2020.21469. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadaufmg/article/view/21469. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

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Artigos