A sede de minério não mata a nossa sede de água
DOI:
https://doi.org/10.35699/2316-770X.2020.21483Palavras-chave:
Rios, Impactos Socioambientais, MineraçãoResumo
O artigo trata da exploração de minério de ferro na Microrregião Belo Horizonte, formada por 24 municípios nos quais habitam milhões de pessoas. Enfatizando a questão hídrica, discute-se o planejamento expansionista da mineração e seus potenciais impactos socioambientais, sobretudo nas Bacias dos rios Paraopeba e Velhas, principais mananciais da região. Por meio de dados da Agência Nacional de Mineração, demonstramos que as novas concessões de lavra, em especial da empresa Vale, responsável pelos maiores desastres com barragens, buscam ampliar as atividades em locais degradados. Isso pode representar novos riscos socioambientais em áreas já submetidas a impactos da mineração, especialmente após a tragédia de Brumadinho e frente às barragens na bacia do Rio das Velhas em alerta máximo de rompimento.
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