A vida no morro enquanto o desastre não acontece

faces da injustiça socioambiental na cidade do Recife

Autores

  • Flora Clarissa Cardim Pimentel Universidade de Pernambuco (UPE)

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-770X.2020.21639

Palavras-chave:

Injustiça ambiental, Moradia, Risco

Resumo

A partir da perspectiva construtivista e de conceitos como injustiça e racismo socioambientais, apresento uma reflexão acerca dos efeitos da omissão do Estado sobre a vida dos moradores das áreas de morro do Recife (PE). Mediante o risco ou a ocorrência de um deslizamento de barreira, os indivíduos acionam redes, arranjos e práticas que revelam a família, o parentesco e a vizinhança como instituições fundamentais para sua permanência na cidade. Ao passo que a (auto)responsabilização, a culpabilização e a competição se desencadeiam como as consequências mais perversas. A precarização do espaço de moradia se constitui em medida de forçar a expulsão nas áreas de morro. Assim, as estratégias dos moradores para persistirem nestas áreas se constituem em práticas de resistência.

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Biografia do Autor

Flora Clarissa Cardim Pimentel, Universidade de Pernambuco (UPE)

Mestra em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco. Pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Ação Coletiva e Cultura – LACC/UPE e integrante do Laboratório de Estudos de Populações Tradicionais e Educação – LEPTE/IFMA.

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Publicado

2021-11-19

Como Citar

PIMENTEL, F. C. C. . A vida no morro enquanto o desastre não acontece: faces da injustiça socioambiental na cidade do Recife. Revista da UFMG, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, p. 106–129, 2021. DOI: 10.35699/2316-770X.2020.21639. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadaufmg/article/view/21639. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos