Cidade-corpo

Autores

  • Cássio Eduardo Viana Hissa Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
  • Maria Luísa Magalhães Nogueira Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-770X.2013.2674

Palavras-chave:

Cidades, Cidade-terreno, Subjetividades

Resumo

A cidade, onde a vida acontece, é a expressão mais representativa dos lugares, diz Milton Santos. Mas não se trata da cidade dos mapas, ou aquela percebida do alto, ou mesmo das cidades fotografadas ou imaginárias – ainda que todas elas se refiram à cidade-terreno. É a cidade-corpo, cidade-terreno, que diz o significado dos territórios da vida. Na cidadecorpo, território de existência, lugar da construção de subjetividades, a mobilidade veloz é, contraditoriamente, na modernidade, produtora de imobilismos. É a velocidade que, ao desequilibrar, no terreno próprio da cidade, obstrui o corpo em sua condição de ser e em sua capacidade de experimentar. O caminhar pela rua – que faz com que o corpo do sujeito se deixe atravessar pelo corpo da cidade; e se transforme nela – já se torna transgressão, diante do movimento prevalente que nos retira do chão. É este corpo do sujeito que concede existência à cidade-terreno; e, com o seu vagar, passo a passo, desafia a velocidade que rouba lugares.

Biografia do Autor

  • Cássio Eduardo Viana Hissa, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

    Professor Associado do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais– UFMG (Brasil).

  • Maria Luísa Magalhães Nogueira, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

    Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG (Brasil).

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Publicado

2016-04-11

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Cidade-corpo. Revista da UFMG, Belo Horizonte, v. 20, n. 1, p. 54–77, 2016. DOI: 10.35699/2316-770X.2013.2674. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadaufmg/article/view/2674. Acesso em: 20 dez. 2024.