Porvir, ter sido e atualidade
a temporalidade como marca fundamental da possibilidade no horizonte da pandemia
DOI:
https://doi.org/10.35699/2316-770X.2021.33316Palavras-chave:
Heidegger, pandemia, temporalidadeResumo
O intuito do presente ensaio é realizar, a partir da descrição fenomenológico-existencial de Martin Heidegger exposta na obra Ser e tempo, uma reflexão sobre o futuro, no horizonte contemporâneo abatido pela pandemia do coronavírus. Acompanhando a perspectiva hermenêutica heideggeriana, pretendemos contemplar a multiplicidade de caminhos existenciais do porvir, marcados pela historicidade do Dasein na linha contínua da temporalidade. Partindo de algumas disposições fundamentais desse modelo filosófico, aprofundaremos junto ao caráter de poder-ser do homem para suas possibilidades mais originárias em cada momento de ser no tempo, a fim de testar a multiplicidade de experiências outras enfrentadas no agora. Retomando o ter sido na temporalidade por diversas matizes culturais e científicas, especialmente no terreno do pensamento ocidental, almejamos evidenciar, ao final, que as possibilidades mais autênticas de ser, no futuro, exigem, de alguma forma, a desobstrução da calcificação de camadas sedimentadas nos discursos impensados do passado.
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