Sobre economias transformadoras

as abordagens progressistas em foco

Autores

  • Cristina Parente Universidade de Porto

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-770X.2022.41644

Resumo

A conferência realizada em agosto de 2018 discutiu as diferentes propostas teóricas de resolução dos novos e velhos problemas sociais num contexto de esgotamento do modelo económico e social vigente, caraterizado pelo retrocesso das políticas sociais dos Estados Providência. Apresentaram-se as propostas de continuidade com o modelo vigente a partir das abordagens anglófonas do
empreendedorismo social e da inovação social. O foco da discussão foi colocado na perspetiva transformadora da economia solidária, configurada como uma “outra economia”. A reflexão incide sobre o caráter progressista ou reformista das propostas no que diz respeito à solução protagonizada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristina Parente, Universidade de Porto

Professora associada de Sociologia e Letras, Universidade de Porto, Portugal.

Referências

BOSCHEE, J., & Mcclurg, J. (2003). Towards a better understanding of social entrepreneurship: some important distinctions. Retirado a 17 de fevereiro 2016 de http://www.caledonia.org.uk/papers/Social-Entrepreneurship.pdf

BORNSTEIN, D. (2007). Como mudar o mundo: os empreendedores sociais e o poder de novas ideias. Alfragide: Estrela Polar.

CATTANI, J.-L. (2009). “Construindo a outra economia”. In Laville, L. Gaiger, & P. Hespanha (Orgs.). Dicionário internacional da outra economia (pp.7-8). Coimbra: Almedina.

CATTANI, J.-L. Laville, L. Gaiger, & P. Hespanha (Orgs.) 2009. Dicionário internacional da outra economia (pp.162-168). Coimbra: Almedina.

CASTELLS, M., Banat-Weiser, S., Hlebik, S., Kallis, G., Pink, S., Seale, K., Varvarousis, A. (2017). Another economy is possible. Cambridge: John Wiley and Sons.

CASTELLS, M.; Caraça, J. & Cardoso, G. (2012). Aftermath. The Cultures of the Economic Crisis. Oxford: Oxford University Press.

CAVES, R. & Monzón, J. (2007).The Social Economy in the European Union. Working paper CIRIEC, nº 2088/02.

CONILL, J.; Cardenas, A.; Castells, M.; Hlebik, S. & Servon, L. (2012). Otra vida es posible. Practicas económicas alternativas durante la crisis. Barcelona: UOC Ediciones.

CORAGGIO, J. (2007). Una perspectiva alternativa para la economia social: de la economia popular a la economia del trabajo. In José Coraggio (Org.), La economia social desde la periferia: contribuciones latino-americanas (pp. 165-194). Buenos Aires: Altamira.

CUNHA, G. C., & Santos, A. M. (2011). Economia Solidária e Pesquisa em Ciências Sociais: Desafios Epistemológicos e Metodológicos. In Hespanha, P. & Santos, A.M. (Orgs.), Economia Solidária: Questões Teóricas e Epistemológicas (pp. 15- 56). Coimbra: Almedina.

DEES, G. (1998). Enterprising Nonprofits. Harvard Business Review, 76 (1), 55-67.

DEES, G. (2001). The Meaning of Social Entrepreneurship. Retirado a 17 de fevereiro, 2014 de http://www.caseatduke.org/documents/dees_sedef.pdf

DEFOURNY, J. (2001). Introduction: From third sector to social enterprise. In J. Defourny & C. Borzaga (Eds.), The Emergence of Social Enterprise (pp. 1-28). London: Routledge.

DEFOURNY, J., & Develtere, P. (1999). The social economy: the worldwide making of a third sector. In J. Defourny, P. Develtere & B. Fonteneau (Eds.), L’économie sociale au Nord et au Sud. Bruxelles: De Boeck & Larcier.

DEFOURNY, J., Favreau, L., & Laville, J.-L. (dir.) (1998). Insertion et nouvelle économie sociale. Paris: Editions Desclée de Brouwer.

ESTIVILL, J., Bernier, A., & Valadou, C. (1997). Las Empresas Sociales en Europa. Barcelona: Hacer Editorial.

FERNÀNDEZ, A. & Miró, I. (2016). L’Economia Social i Solidária a Barcelona. Barcelona: Comissionat d’Economia Cooperativa, Social e Solidària. Ajuntament de Barcelona.

GAIGER, L. & Laville, J.-L. (2009). Economia solidária. In A. Cattani, J.-L. Laville, L. Gaiger, & P. Hespanha (Orgs.), Dicionário internacional da outra economia (pp.162-168). Coimbra: Almedina.

GIDDENS, A. (2001). The global Third Way debate. Cambridge: Polity Press.

HALL, P. & Taylor, R. (2003). As três versões do institucionalismo. Lua Nova. Revista de Cultura e Política, 58, (pp.193-223).

HOOGENDORN, B., Pennings, E., & Thurik, R. (2010). What Do We Know about Social Entrepreneurship? An Analysis of Empirical Research. International Review of Entrepreneurship, 8(2), 1-42.

MEIRA, D. & Ramos, M. (2014). Governação e Regime Económico das Cooperativas. Estado da arte e linhas de reforma. Porto: Vida Económica.

MULGAN, G., Tucker, S. & Sanders, R. (2007). Social Innovation: what it is, why it matters and how it can be accelerated. Oxford: Oxford University.

LAVILLE, J.-L. (dir.) (1994). L’économie solidaire, une perspective internationale. Paris: Desclée de Brouwer.

LAVILLE, J.-L. (2009). L’économie solidaire dans le débat théorique. Revista de Economia Solidária, (1), 31-70.

LECHAT, N. (2002). Economia social, economia solidária, terceiro setor: do que se trata? Civitas: Revista de Ciências Sociais, 2 (1), 123-140.

MANCE, E. (2008). Costelação Solidarius. As fendas do capitalismo e a sua superação sistémica. Instituto Superior de Filisofia Berthier, Passo Fundo.

MELLO, S. L., Sígolo V. M. & Barbieri, E.M. (Eds) 2007. Economia Solidária e Auto Gestão, NESOL-USP, São Paulo,11-18.

MOORE, J.F. (1996). The Dead of Competition: Leadership and Strategy in the Age of Business Ecosystems. New York: Harper Business.

PARENTE, C., Quintão, C. (2014). Uma abordagem eclética ao empreendedorismo social. Parente, C. (ccord.) Empreendedorismo social em Portugal. Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Porto.

PARENTE, C. , Marcos, V., Quintão, c. (2014-2015 [2016]). Portugal Inovação Social: anotação à Resolução do Conselho de Ministros n.º 73-A/2014, de 16 de Dezembro de 2014. Revista Cooperativismo e Economia Social, Universidade de Vigo, 37, 397-405.

Portugal Inovação Social – Síntese Investimento Social. Disponível em http://inovacaosocial.portugal2020.pt/wp-ontent/uploads/2016/03/PortugalInova%C3%A7%C3%A3o-Social-S%C3%ADntese-27Jan.pdf. Consultado a 15 junho de 2018.

PUTNAM, R. (1993). Making democracy work: civic tradition in modern Italy. Princeton: Princeton University Press.

RIPESS (s.d). Global Vision for a Social Solidarity Economy: Convergences and Differences in Concepts, Definitions and Frameworks. Disponível em http://www.ripess.org/wp-content/uploads/2017/08/RIPESS_Vision-Global_EN.pdf. Consultado a 15 de junho de 2018.

POIRIER, Y. e Kawano, E. (2008). Visions related to building the solidarity economy and related alternatives in North America. Paper submitted to Alliance for a Responsible, Plural and Solidarity-based Economy (ALOE) and RIPESS North America. Another economyis possible! Disponível em: https://ripessna.wordpress.com/resources/solidarity-economy-in-north-america-a-history/. Consultado a 15 de Junho de 2018.

REGO, R. (2010). “Vendendo virtude? Contributo para a reflexão sobre a gestão democrática das organizações sem fins lucrativos”. Próximo Futuro. Gestão das organizações sociais e culturais, Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian. Disponível em http://www.proximofuturo.gulbenkian.pt/sites/default/files/ficheiros/Raqua elRego.pdf. Consultado a 15 junho de 2018.

PORRO, A. (2016). “Què són les economies transformadores?”. In: Opcions. https://opcions.org/agrada/economies-transformadores/ Accessed 30 nov. 2020.

SOUZA SANTOS, B. (2020). A Cruel Pedagogia do Vírus. Coimbra: Almedina (edição reduzida).

SCHUMPETERS, J. (1996 [1905-1950]). Essays: managers, innovation, business cycles and capitalism evolution. Oeiras: Celta.

SÍGOLO, V.M., Barbieri, E.M. (2007). Apresentando autores e textos. In S. L. Mello, V. M. Sígolo, E. M. Barbieri (Orgs.), Economia Solidária e Auto Gestão (pp.11-18). São Paulo: NESOL-USP.

SOUZA, A. R. (2010). A economia solidária é uma miragem. Comunicação ao 34º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação em Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS). Caxambu, Minas Gerais.

SURIÑACH, R. (2017). Economías transformadoras de Barcelona. Barcelona: Ayuntament de Barcelona.

WALLERSTEIN, I. (2011) [1974]. The Modern World-System, I: Capitalist Agriculture and the Origins of the European World-Economy in the Sixteenth Century, revised ed. with New Prologue. San Francisco: Univ. of California Press.

YUNUS, M. (2002). O Banqueiro dos Pobres. Autobiografia de Muhammad Yunus, fundador do Banco Grameen. Viseu: Difel.

Downloads

Publicado

2022-11-21

Como Citar

PARENTE, C. Sobre economias transformadoras: as abordagens progressistas em foco. Revista da UFMG, Belo Horizonte, v. 29, n. 1, p. 41–57, 2022. DOI: 10.35699/2316-770X.2022.41644. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadaufmg/article/view/41644. Acesso em: 21 nov. 2024.