Vidas precarias del cuadrilátero de hierro en Minas Gerais: ecocidio, duelo, reparación

Ecocídio, luto, reparação

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-770X.2020.21479

Palabras clave:

ecocídio

Resumen

O objeto deste artigo é tratar da catástrofe ambiental de Córrego do Feijão/Brumadinho sob uma perspectiva que articula elementos subjetivos e sociais. Partindo de uma contextualização histórica e política da atividade mineradora no território, desenvolveremos dois argumentos básicos: a) o ecocídio, compreendido como atentado simultâneo ao caráter natural do ecossistema e à toda sua configuração antropogeográfica; b) as vicissitudes subjetivas e sociais dos arranjos entre luto e reparação. Consideramos as distorções nos processos e nos protocolos de luto público, a quantificação e a mercantilização das mortes em ações indenizatórias e, finalmente, o desencadeamento de formas específicas de sofrimento psíquico. Aludiremos ainda, pontualmente, à catástrofe de Bento Rodrigues/Mariana.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Guilherme Massara Rocha, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Psicanalista e Professor-Associado do Departamento de Psicologia da UFMG. Membro da ISPP (International Society of Philosophy and Psychoanalysis) e da FEDEPSY (Fédération Européenne de Psychanalyse). Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3155-5725

Citas

ADORNO, T. Dialectique negative. Paris: Payot, 1992.

AUGÉ, M. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas, SP: Papirus, 2003.

BUTLER, J. Precarious life: The powers of mourning and violence. London/New York: Verso, 2004.

BUTLER, J. Notes toward a performative theory of assembly. London- England/Cambridge-Massachusetts: Harvard University Press, 2015.

CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

CHAVES, I. O luto trágico e plural frente ao demasiado contemporâneo: um estudo psicanalítico sobre o luto no município de Brumadinho, após a tragédia de rompimento da barragem minerária e seu processo de elaboração em meio ao excesso. 2019. Mimeografado.

ESTADO DE MINAS. Vozes de Brumadinho. Estado de Minas. Documentário audiovisual, 2019. Disponível em: https://www.em.com.br/vozes-de-brumadinho/. Acesso em: 30 jan. 2020.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2014.

FREUD, S. Luto e melancolia. São Paulo: Cosac Naify, 2011.

GREGOTTI, V. Território da arquitetura. São Paulo: Perspectiva, 1975.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades e Estados. 2020. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mg.html. Acesso em: 24 jun. 2020.

LATOUR, B. Jamais fomos modernos: ensaios de antropologia simétrica. 3. ed. São Paulo: Ed. 34, 2016.

NEIRA, H.; RUSSO, L. I.; SUBIABRE, B. A. Ecocide. Rev. filos., Santiago, v. 76, p. 127-148, Dez. 2019. Disponível em: http://dx.doi.org/10.4067/S0718-43602019000200127. Acesso em: 23 maio 2020.

NOGUEIRA, R. C. SUS foi essencial para tratar o sofrimento de Brumadinho. Jornal El País, edição eletrônica de 24/1/2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-01-24/sus-foi-essencial-para-tratar-o-sofrimento-em-brumadinho.html. Acesso em: 4 jul. 2021.

PALLASMAA, J. Newness, Tradition and Identity: Existential content and meaning in architecture. Architectural Design, v. 82, n. 6, p. 14-21, 2012.

PEIXOTO, N. B. MG/ES: Um Sistema Infraestrutural. São Paulo: arte /cidade – Grupo de Intervenção Urbana, 2003. Disponível em: https://www.pucsp.br/artecidade/novo/mg_es/mg_es_julho2004.pdf. Acesso em: 24 jun. 2020.

RANCIÈRE, J. Le destin des images. Paris: La fabrique éditions, 2003.

RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Exo/Ed. 34, 2005.

SCHUMACHER, P. The Autopoiesis of Architecture: A New Agenda for Architecture. Chichester: John Wiley & Sons, 2012. v. 2.

STAROBINSKI, J. Notre seul, notre unique jardin. Paris: Gallimard, 2011.

VALE S.A. Esclarecimentos sobre a Barragem I da Mina de Córrego do Feijão. Vale S.A., 25/01/2019. Disponível em: http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/news/Paginas/Esclarecimentos-sobre-a-barragem-I-da-Mina-de-Corrego-do-feijao.aspx. Acesso em: 13 maio 2020.

VIRILIO, P. O espaço crítico: e as perspectivas do tempo real. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1999.

ZIZEK, S. Acontecimento: uma viagem filosófica através do conceito. Rio de Janeiro: Zahar: 2017.

Publicado

2021-10-01

Cómo citar

ROCHA, B. M. .; ROCHA, G. M. Vidas precarias del cuadrilátero de hierro en Minas Gerais: ecocidio, duelo, reparación: Ecocídio, luto, reparação. Revista da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 27, n. 2, p. 36–55, 2021. DOI: 10.35699/2316-770X.2020.21479. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadaufmg/article/view/21479. Acesso em: 21 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos