A história da arte, disciplina luminosa

Autores

  • Stéphane Huchet Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-770X.2014.2649

Palavras-chave:

Arte, Historiografia, Imagem

Resumo

Este artigo apresenta, de maneira sintética, a evolução da história das artes visuais como disciplina do conhecimento na cultura ocidental. Incipiente no Renascimento italiano, consolidada no século XVIII, a historiografia das imagens e dos objetos artísticos conheceu um desenvolvimento exponencial de seus horizontes, métodos e interesses no século XIX. No século XX, vários historiadores dotaram-na de sua autonomia e consistência científicas. Enfatizando antigamente os patrimônios e as escolas «nacionais», a historiografia da arte se beneficia hoje do diálogo com outras ciências humanas, fazendo das imagens um objeto de investigação rico e fascinante num âmbito mais globalizado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Stéphane Huchet, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Professor do Departamento de Análise Crítica e História, Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referências

BELTING, Hans. Bild-Anthropologie, München: Wilhelm Fink Verlag, 2001. BELTING, Hans. Após o fim da história da arte, (1985) São Paulo: Coisac Naify, 2012.

CHASTEL, André. «Histoire de l’art et histoire», Encyclopaedia Universalis, vol. «Enjeux», 1989, p.491-498.

DAMISCH, Hubert. L’origine de la perspective, (1987), Paris: Flammarion, col. «Champs», 1994.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante da imagem. Questão colocada aos fins de uma história da arte. (1990), São Paulo: ed.34, 2013.

DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: ed.34, 1998 [Ce que nous voyons, ce qui nous regarde, Paris: Minuit, 1992].

DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente. História da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg, (2000). Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Devant le temps, Paris: Minuit, 2000.DILLY, Heinrich. «Heinrich Wölfflin: histoire de l’art et germanistique entre 1910 et 1925», in: His-toire et théories de l’art. De Winckelmann à Panofsky. Revue Germanique Internationale, n. 2, Paris: PUF, 1994.

FAURE, Élie. Histoire de l’art. L’art antique. Prefácio à edição de 1921, Livre de Poche, p.32 (História Antiga. História Medieval. História Moderna. São Paulo: Martins Fontes).

FOCILLON, Henri. Vie des formes, (1943). Paris: PUF, col. Quadrige, 1984, p.1 (A vida das formas, seguido de Elogio da mão. Lisboa: Edições 70).

GOMBRICH, Ernst Hans. Arte e ilusão. Um estudo da psicologia da representação pictórica, (1960), São Paulo: Martins Fontes, (4a ed.), 2007.

GUINZBURG, Carlos. Medo reverência terror. Quatro ensaios de iconografia politica. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

HASKELL, Francis. L’amateur d’art. Paris: Livre de Poche, col. références / Art, 1997.

HORMANN, Michael. «André Chastel. Sa correspondance. Ses méthodes», in: André Chastel. His-toire de l’art & action publique, catálogo de exposição, Paris: INHA, 2013, p.5 sq. http://blog.apahau.org/le-catalogue-de-lexposition-andre-chastel-inha-8-fevrier-6-avril-2013/.

HUCHET, Stéphane (org.). Fragmentos de uma teoria da arte. São Paulo : Edusp, 2012 (textos de Da-niel Payot, Georges Didi-Huberman, Jean-Luc Nancy, Jean-Marc Poinsot, Philippe Dubois, Philippe Lacoue-Labarthe, Roland Recht, Stéphane Huchet e Yve-Alain Bois).

HUCHET, Stéphane. «O prefácio, instância estratégica: alguns exemplos na historiografia francesa da arte», in: Anais do XXVI Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, (RIBEIRO, Marília Andrés; BRANCO RIBEIRO, Maria Izabel, orgs.), Belo Horizonte: C/Arte, 2007, p.190-196.

KERN, Mária Lúcia Bastos. «História da arte e a construção do conhecimento», in: Anais do XXVI Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, (RIBEIRO, Marília Andrés; BRANCO RIBEIRO, Maria Izabel, orgs.), Belo Horizonte: C/Arte, 2007, p.68-78.

Le Brésil, in: Perspective, La revue de l’Institut National d’Histoire de l’Art, 2013 – 2, Paris.

MARIN, Louis. Détruire la peinture, (1977). Paris: col. «champs», 1997.

MURPHY, Howard. «Meaningful Form. The Changing Boundaries between Anthropology and Art History», in: The Challenge of the Object. 33rd Congress of the International Committee. Congress Proceedings – Part 4, Nürnberg: Verlag des Germanisches Nationalmuseums, 2013.

PANOFSKY, Erwin. Idea, (1924). São Paulo: Martins Fontes, 1998.POMMIER, Édouard. «Winckelmann: l’art entre la norme et l’histoire», in: Histoire et théories de l’art. De Winckelmann à Panofsky, Revue Germanique Internationale, n. 2. Paris: PUF, 1994.

PUGLIESE, Vera. «O anacronismo como modelo do tempo complexo da espessura da imagem», in: Palíndromo. Teoria e História da arte, n0 6, 2011, p.13-51.

REBECCHINI, Guido. «Temporalité de l’ouvre d’art et anachronisme», in: Perspective. La revue de l’Institut National d’Histoire de l’Art, 2010/2011 – 3.

RECHT, Roland, «A escritura da História da Arte diante dos Modernos», in: Fragmentos de uma Teoria da Arte. (HUCHET, Stéphane, org.). São Paulo: edusp, 2012.

RECHT, Roland. Regarder l’art, en écrire l’histoire, Aulas no Collège de France (2009-2012), in: http://www.college-de-france.fr/site/roland-recht/#course.

SCHLOSSER MAGNINO, Julius. La letteratura artistica. (1924), La Nuova Italia, 1996.

SETTIS, Salvatore. Futuro del «classico». Torino: Giulio Einaudi editore, s.p.a, 2004.

WARBURG, Aby. A renovação da Antiguidade pagã. Contribuições científico-culturais para a história do Renascimento europeu. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

WÖLFFLIN, Heinrich. Réflexions sur l’histoire de l’art. (1940), Paris : Flammarion, col. «Champs», 1997.

WOOD, Christopher S. Forgery, Replica, Fiction: Temporalities of German Renaissance Art. Chicago: University of Chicago Press, 2008.

Downloads

Publicado

2016-04-07

Como Citar

HUCHET, S. A história da arte, disciplina luminosa. Revista da UFMG, Belo Horizonte, v. 21, n. 1 e 2, p. 222–245, 2016. DOI: 10.35699/2316-770X.2014.2649. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadaufmg/article/view/2649. Acesso em: 16 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos