CRIAS CINE
EXPERIÊNCIAS COM O CINEMA E O AUDIOVISUAL EM AMBIENTES VIRTUAIS
Palavras-chave:
Cinema, Audiovisual, Arte, Educação, InfânciaResumo
Este artigo aborda as experiências de um grupo de crianças, com o audiovisual, realizadas em uma oficina de extensão, em ambiente virtual, durante o período de distanciamento social causado pela pandemia de COVID-19. São relatos de experiências que surgem nos processos de fruição e criação com o audiovisual na infância, em diálogo com os pensamentos de Alain Bergala (2008), Gilles Deleuze (1985, 1998), Fernand Deligny (2016), Giorgio Agamben (2007) e Sergei Eisenstein (2002, 2014) sobre a arte e o cinema. De um modo geral, o cinema está presente nas escolas de maneira limitada. Como ampliar a presença do cinema e do audiovisual como arte nas escolas? Como tornar possível que crianças operem, fruindo e criando em um devir cinema-infância? É o que se pretende descobrir nessa trajetória de experiências com imagens, sons, edição e montagem cinematográfica, que deflagram operações audiovisuais inventivas, em que os gestos cinematográficos das crianças se fazem próprios e singulares.
Palavras-chave: Cinema. Audiovisual. Arte. Educação. Infância.
Abstract: The article addresses the audiovisual experiences from a group of children in an extension workshop all performed in a virtual environment during the social distancing period caused by Covid-19 Pandemic. They are reports which emerge from fruition and creation processes with the audiovisual during the childhood, in dialogue with thoughts of Alain Bergala, Gilles Deleuze, Fernand Deligny, Giorgio Agamben and Sergei Eisenstein about art and cinema. In general, cinema is present in schools in a limited way. How to extend the presence of cinema and audiovisual as art in schools? How to make it possible for children to operate, enjoy and create in a fluid and non-stop movement related to children with the cinema. This is what we intend to discover in this trajectory of experiences with images, sounds, editing and film editing, which trigger inventive audiovisual operations, in which the cinematographic gestures of children become their own and singular gestures.
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