CÃES E GATOS ENSINAM ETOLOGIA A ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Palavras-chave:
Animais de companhia, Ensino básico, Extensão universitáriaResumo
O crescimento da Etologia demonstra sua inegável importância e influência em outras áreas do conhecimento. Para despertar o interesse de alunos do ensino básico pelo comportamento animal, foi desenvolvido o projeto de extensão “Entre miados e latidos: desvendando os mistérios comportamentais dos nossos melhores amigos”. Esse projeto de Iniciação Científica foi realizado com oito alunos dos Ensinos Fundamental e Médio participantes do programa Pequeno Cientista, da Casa da Ciência da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto-SP. Os estudantes foram orientados por uma pós-graduanda do Programa de Psicobiologia da USP ao longo de 12 encontros semanais de aproximadamente uma hora de duração. A partir dessas aulas, os alunos observaram e filmaram seus próprios animais. Diversos temas foram abordados, tais como: introdução ao comportamento animal; comportamentos de brincar, alimentar e autolimpeza; evolução dos carnívoros; e domesticação. Os alunos apresentaram a pesquisa em um mural científico, no qual exploraram e explicaram o que aprenderam. Especificamente, eles levantaram novas questões e curiosidades sobre o comportamento de outros animais e associaram conceitos envolvendo comportamento animal. Com a ajuda de seus melhores amigos de estimação, os cientistas estudantes foram apresentados ao pensamento científico multidisciplinar e puderam disseminar seu conhecimento etológico recém-descoberto para além dos muros da Universidade.
Downloads
Referências
Ades, C. (2010). Do bicho que vive de ar, em diante: Uma pequena história da etologia no Brasil. Boletim da Academia Paulista de Psicologia, 30(78), 90-104.
Alves, J. N.; Faria,B. L.; Lemos, P. G.A.;Costa,C. M.; Silva,C. S.;& Oliveira,R. M. S.R. (2020).Ciências na pandemia: Uma proposta pedagógica que envolve interdisciplinaridade e contextualização. Revista Thema, 18, 184-203. https://doi.org/10.15536/thema.V18.Especial.2020.184-203.1850.
Amorim, Y. S.; Dantas. D. M.; Alves, A. M. S.; Oliveira, F. C. A.; & Torres, C. M. G. (2020). Interdisciplinaridade no ensino de biologia: Movimento articulador do fazer pedagógico e do processo de ensino e de aprendizagem. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia, 8(1), 409-416. https://doi.org/10.16891/2317-434X.v8.e1.a2020.pp409-416.
Andersen, I. L.; Naevdal, E.; Bøe, E. K.; & Bakken, M. (2006). The significance of theories in behavioural ecology for solving problems in applied ethology – possibilities and limitations. Applied Animal Behaviour Science, 97, 85-104. https://doi.org/10.1016/j.applanim.2005.11.020.
Beaver, B. V. (2003). Feline behavior: A guide for veterinarians (2. ed.). United States of America: Elsevier Science.
Beck, A. M.; & Meyers, N. M. (1996). Health enhancement and companion animal ownership. Annual Review of Public Health, 17, 247-257. https://doi.org/ 10.1146/annurev.pu.17.050196.001335.
Bonatto,A.; Barros, C. R.; Gemeli, R.A.; Lopes, T. B.; & Frison, M. D. (2012). Interdisciplinaridade no ambiente escolar. Anais do ANPED SUL - Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, 9. Caxias do Sul: UCS. http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/2414/501.pdf.
Bradshaw, J. W. S. (2013). Cat sense: The feline enigma revealed. London: Penguin.
Chagas, P. F.; Veronez, L. C.; Barbieri, M. M.; Scrideli, C.; Valera, E. T.; & Tone, L. G. (2021). O Problem Based Learning (PBL) como metodologia ativa de aprendizagem para a formação docente contemporânea: relato de experiência. Interagir Pensando a Extensão, (31), 41-52.https://doi.org/10.12957/interag.2021.56954.
Del-Claro, K. (2004). Comportamento Animal: Uma introdução à ecologia comportamental (1.ed.). Jundiaí: Livraria Conceito.
Dos Santos, C. A. (2018). Desafios para a interdisciplinaridade no ensino das ciências da natureza. Revista Thema, 15(2), 363-370. https://doi.org/10.15536/thema.15.2018.363-370.960.
Farias, J. G.; Bessa, E.; & Arnt, A. M. (2012). Comportamento animal no ensino de Biologia: possibilidades e alternativas a partir da análise de livros didáticos de Ensino Médio. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 11(2), 365-384.
Galibert, F.; Quignon, P.; Hitte, C.; &André, C. (2011). Toward understanding dog evolutionary and domestication history. Comptes Rendus Biologies, 334(3), 190-196. https://doi.org/10.1016/j.crvi.2010.12.011.
Magalhães, H. (2020). Fanzines de histórias em quadrinhos: linguagem e contribuições à educação. Discursividades, 7(2), 170-201. https://doi.org/10.29327/256399.7.2-7.
Muñoz-Delgado, J.; & Moreno, C. B. (2007). An account on the History of Ethology. Suma Psicológica, 14(2), 213-224. https://doi.org/10.14349/SUMAPSI2007.29.
Neiman, Z. (1995). A importância da inserção da etologia no currículo do 2º grau. Anais do Encontro Anual de Etologia, 13. Pirassununga: USP. chrome extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://www.etologiabrasil.org.br/media/upload/eae/anais-1995.pdf.
Oliveira, A. F. M.; Quirino, C. R.; Ruiz-Miranda, F.; & Fonseca, F. A. (2011). O processo de domesticação no comportamento dos animais de produção. PubVet, 5(31), 1-18. https://doi.org/10.22256/pubvet.v5n31.1204.
Prado, F. F.; Lopes, G. Z. L.; & Barbieri, M. R. (2017). Programa Adote um Cientista: Aprendizagem de difusão em Ciências. Ciência em Tela, 10(2), 1-16.
Santos, R. C.; Barbieri, M. R.; & Sanchez, R. G. (2017). Alfabetização científica e iniciação científica: da assimilação de conceitos ao comportamento científico. Revista Brasileira de Pós-Graduação, 14, 1472. https://doi.org/10.21713/2358-2332.2017.v14.1472.
Serpell, J. A. Domestication and history of the cat. (2000). In D. C. Turner, P. Bateson, & P. P.G. Bateson (Eds.), The domestic cat: The biology of its behaviour. (pp. 180-192). Cambridge University Press: Cambridge, UK.
Snowdon, C. (1999). O significado da pesquisa em Comportamento Animal. Estudos de Psicologia, 4(2), 365-373. https://doi.org/10.1590/S1413-294X1999000200011.
Spinelli Oliveira, E.; & Magrini, L; (2015). Ethology in Brazil (I): Doctoral Dissertations from 2010 to 2014. Revista de Etologia, 14(1), 1-57.
Trigo, F. R.; Prado, F. F.; Perticarrari, A.; & Barbieri, M. R. (2017). Memória e divulgação: ações educacionais da Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto na difusão do conhecimento. Revista Brasileira de Extensão Universitária, 8(2), 91-102. https://doi.
org/10.24317/2358-0399.2017v8i2.4979.
Veronez, L.; Salomão, K.; Das Chagas, P.; Barbieri, M., Scrideli, C.; & Tone, L. (2019). Genética e imunologia do câncer para alunos do ensino básico: relato de uma experiência. Revista Brasileira de Extensão Universitária, 10(2), 63-70. https://doi.org/10.24317/2358-0399.2019v10i2.10625.
Vieira, A. M. L.; Almeida, A. B.; Magnabosco, C.; Ferreira, J. C. P.; Carvalho, J.L.B.; & Cabral, V. B.(2006). Programa de controle de populações de cães e gatos do Estado de São Paulo. Boletim Epidemiológico Paulista, 3, suppl. 5, 1-165.
Vigne, J.-D.; Guilaine, J.; Debue, K.; Haye, L.; & Gérard, P. (2004). Early taming of the cat in Cyprus. Science, 304(5668), 259. https://doi.org/10.1126/science.1095335.
Yamamoto, M. E. (2011). Percorrendo a história do estudo do comportamento animal: origens e influências. In M. E. Yamamoto, & G. L. Volpato (Eds.), Comportamento Animal. (pp. 10-23). Natal: EDUFRN.
Zauith, G.; Davanço, A. R.; & Barbieri, M. R. (2019). Oficina de fanzine. Comunicação & Educação, 24(1), 56-68. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v24i1p56-68