TRABALHO E AGÊNCIA FEMININA NA DINÂMICA DA GERAÇÃO FAMILIAR NO QUILOMBO DE BARRINHA, BOM JESUS DA LAPA - BAHIA
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-037X.2023.42483Palavras-chave:
Quilombo, Gênero, Trabalho, Geração FamiliarResumo
O texto apresenta parte dos dados de pesquisa de doutoramento, problematizando a agência feminina quilombola. A pesquisa de natureza qualitativa teve como objetivo conhecer como as mulheres quilombolas manifestam suas agências em suas trajetórias atravessadas por marcadores sociais de diferença como gênero, raça e geração, considerando mudanças e permanências entre as gerações familiares. A perspectiva teórico-metodológica elege, principalmente, as teóricas Crenshaw (2002), Davis (2016), Hooks (2000), Collins (2016) e Carneiro (2003), privilegiando a interlocução com o pensamento negro feminista. As trajetórias são discutidas a partir de depoimentos e os grupos de mulheres ouvidas seguem dois cortes etários, a saber: de 27 a 38 anos e de 55 a 69 anos, que são mães das mulheres do primeiro corte. O estudo revela a inserção de algumas delas em ocupações tidas como masculinas pelo grupo, tais como o trabalho de pesca e a condução de embarcação. Mas, todo o trabalho de cuidado permanece como atribuição feminina, e entre as envolvidas nestas tarefas estão mães, parentes, vizinhas e avós.
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