O PERFIL PROFISSIONAL DOS PROFESSORES INICIANTES E OS FIOS CONDUTORES DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-037X.2019.12020

Palavras-chave:

Perfil docente, Professor iniciante, Práticas pedagógicas

Resumo

Nesta pesquisa, propomos-nos a analisar duas dimensões, o perfil profissional dos professores dos cursos de engenharia com menos de cinco anos de atuação, e os fios condutores das suas práticas pedagógicas em duas Instituições de Ensino Superior de Santa Catarina. O aporte teórico foi baseado em alguns autores como Huberman (1992); Nóvoa (1995) e Tardif (2008), para compreensão dos processos constitutivos e das fontes sociais de aquisição da formação docente. A presente pesquisa tem caráter qualitativo e realizou-se por meio de aplicação de questionário on-line com perguntas abertas, de múltiplas escolhas e questões seguindo uma escala de resposta do tipo Likert. Para a interpretação e análise das informações obtidas, aplicou-se a metodologia de Análise de Conteúdo, organizando os dados em categorias, as quais nos possibilitaram um mapeamento do perfil dos professores iniciantes que atuam nos cursos de engenharias, assim como os elementos que fortalecem e dificultam a docência e as principais práticas pedagógicas. As análises decorridas a partir dos dados obtidos reforçam os apontamentos contidos na literatura sobre a fragilidade da profissionalidade docente e dificuldades encontradas na trajetória nos primeiros anos de docência. Desse modo, o presente estudo nos proporcionou compreender os desafios presentes nas universidades, no que tange à complexidade e à singularidade em ser professor iniciante.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andreza Cipriani, Universidade Regional de Blumenau (FURB)

Mestre em Química pela Universidade Regional de Blumenau – FURB, Graduação em Química pela Universidade Regional de Blumenau – FURB. Atua na área de Educação em Química desenvolvendo projeto de parceria com a FURB, intitulado LENQUI – Laboratório de Ensino de Química.

Eliane Kormann Tomazoni, Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE)

Mestre em Educação pela Universidade Regional de Blumenau – FURB, Graduação em Pedagogia pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Pós-graduação em nível de especialização em Fundamentos da Educação pela Universidade Regional de Blumenau – FURB. Atualmente é docente no Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, em curso presencial de Pedagogia e em EaD

Marcia Regina Selpa Heinzle, Universidade Regional de Blumenau (FURB)

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Mestre em Educação pela Universidade Regional de Blumenau – FURB, Especialização em Ativação de Processos de Mudança na Formação Superior de Profissionais de Saúde – ENSP FIOCRUZ, Especialização em Dificuldades de Aprendizagem – UNIPLAC. Graduação em Pedagogia pela Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC. Professora e Pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Regional de Blumenau – FURB

Referências

ALMEIDA, M. I. D. Formação do professor do ensino superior: desafios e políticas institucionais. São Paulo: Editora Cortez, 2012.

ALVES, T.; PINTO, J. M. R. Remuneração e características do trabalho docente no Brasil: um aporte. Cadernos de Pesquisa, v. 41, n. 143, p. 606-639, mai./ago. 2011.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa: Edições 70, 2010.

BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. V.; VON LINSINGEN, I. Educação tecnológica: enfoques para o ensino de engenharia. 2. ed. rev. e ampl. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008.

BOLZAN, D. P. V.; POWACZUK, A. C. H.Iniciação à docência universitária: a tessitura da professoralidade. Acta Scientiarum: Human and Social Sciences. Maringa, v. 35, n. 2, p. 201-209, jul./dez. 2013.

BORGES, D. S.;TAUCHEN, G. Formação pedagógica dos professores na educação superior: experiências e possibilidades. Revista Contrapontos, v. 17, n. 2, p. 268-289, abr./jun. 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da Educação Superior-2016, Brasília, 2016.

CASTAMAN, A. S.; VIEIRA, A. M. D. P.; OLIVEIRA, D. A constituição da profissão docente: um estudo com professores da educação profissional. Revista Diálogo Educacional, v. 16, n. 50, p. 1009-1028, out/dez.

CAVACO, M. H. Ofício do professor: o tempo e as mudanças. In. Orgs. M Nóvoa, A. Profissão professor. Porto: Porto, 1995. p. 155-191.

CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO (CFE). Resolução n. 48, de 27 de abril de 1976. Fixa os mínimos de conteúdo e de duração do Curso de Graduação em Engenharia. Diário Oficial da União, Brasília, 21 de junho de 1976.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (CNE). Resolução CNE/CES 11 de março de 2002. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de abril de 2002.

COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR – CAPES. Portaria nº 52, de 26 de setembro de 2002, Brasília, 2002.

CUNHA, M. I. Reflexões e práticas em pedagogia universitária. Papirus Editora, 2007.

GARCIA, M. C. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora, 1999.

HIDALGA, W. A. Engenheiros professores: uma primeira aproximação de suas concepções sobre os saberes docentes. São Bernardo, SP, 2006. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Metodista de São Paulo, 2006.

HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In. Org. Nóvoa, A. Vidas de professores, Porto: Porto Editoras, v. 2, 1992. p. 31-61.

HUBERMAN, M. The professional life cycle of teachers. Teachers college record, v. 91, n. 1, 1989. p. 31-57.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse Estatística da Educação Superior 2017: Número Total de Docentes em Exercício, por Organização Acadêmica e Regime de Trabalho, segundo a Unidade da Federação e a Categoria Administrativa das IES - 2017. Brasília: Inep, 2018.

JUNGES, K dos S; BEHRENS, M. A. Prática docente no Ensino Superior: a formação pedagógica como mobilizadora de mudança. Perspectiva, Florianópolis, v. 33, n. 1, p. 285-317, jan./abr. 2015.

LACLAUSTRA, V. A et al. Experiencias pedagogicas en ingeniería en Colombia una propuesta de mejoramiento del ejercicio docente. Revista de Ensino de Engenharia, v. 27, n. 3, p. 8-16, Edição especial, 2008.

LAUDARES, J. B. A descoberta da docência por engenheiros-professores e suas representações. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA. v. 38, 2010.

LIMA, M. S.L.; PIMENTA, S. G. Estágio e docência. Cortez Editora, 2018.

MENESTRINA, T. C.; BAZZO, W. A. Alternativas para a formação do engenheiro: as concepções de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). In: XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA, 32. Brasília-DF, 14 a 17 set. 2004.

NITSCH, J. C.; BAZZO, W. A.; TOZZI, M. J. Engenheiro-professor ou professor-engenheiro: reflexões sobre a arte do ofício. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA. v. 22, p. 1-9, 2004.

NONO, M. A. Professores Iniciantes: o papel da escola em sua formação. Porto Alegre: Mediação, 2011.

NÓVOA, A. (Org.). Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 1992.

NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA (Org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995. p. 13-33.

NÓVOA, A. (Org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote: Instituto de Inovação Educacional, 1995.

NÓVOA, A. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa, v. 47, n. 166, p. 1106-1133, 2017.

PAPI, S. O. G.; MARTINS, P. L. O. As pesquisas sobre professores iniciantes: algumas aproximações. Educação em Revista, v. 26, n. 3, p. 39-56, dez. 2010.

PIMENTA, S. G.; ANASTASIOU, L. G. C. Docência no ensino superior. São Paulo, Editora Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G. Pesquisa-ação crítico-colaborativa: construindo seu significado a partir de experiências com a formação docente. Educação e pesquisa, v. 31, n. 3, p. 521-539, set./dez. 2005.

REALI, A. M. M. R.; TANCREDI, R. M. S. P.; MIZUKAMI, M. G. N. Programa de mentoria online: espaço para o desenvolvimento profissional de professoras iniciantes e experientes. Educação e Pesquisa, v. 34, n. 1, p. 77-95, jan./abr. 2008.

SAVIANI, D. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro.

Revista Brasileira de Educação, v. 14, n. 40, jan./abr. 2009.

SILVA JUNIOR, S. D.da.; COSTA, F. J. Mensuração e Escalas de Verificação: uma Análise Comparativa das Escalas de Likert e Phrase Completion. PMKT – Revista Brasileira de Pesquisas de Marketing, Opinião e Mídia, São Paulo,v.5, p. 1-16, out. 2014.

TARDIF, M. O trabalho docente, a pedagogia e o ensino: interações humanas, tecnologias e dilemas. Cadernos de educação, FaE/UFPel, Pelotas, v. 16, p. 15-47, jan./jun. 2001.

TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. 17. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

VEIGA, I.P.A. Docência universitária na educação superior. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira, 2006.

Downloads

Publicado

2019-08-29

Como Citar

CIPRIANI, A.; TOMAZONI, E. K.; SELPA HEINZLE, M. R. O PERFIL PROFISSIONAL DOS PROFESSORES INICIANTES E OS FIOS CONDUTORES DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 28, n. 2, p. 79–95, 2019. DOI: 10.35699/2238-037X.2019.12020. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/12020. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS