Da praça à cozinha, passando pela sala de jantar: gênero, raça e classe na Pelotas do século XIX - e depois
DOI:
https://doi.org/10.31239/vtg.v11i2.10446Palavras-chave:
Arqueologia Feministas, mulheres de cor, cerâmicas, século XIX, Rio Grande do Sul/BRResumo
O estudo se baseia na evidência material, escrita e iconográfica da segunda metade do século XIX em Pelotas (RS) para refletir sobre as interações opressivas de sexo-gênero, raça e classe no contexto de penetração do modo de vida burguês. Abordo a formação e cronologia do depósito arqueológico de uma praça pública, dali seguindo a tralha doméstica arqueológica até o interior dos casarões oitocentistas de elite, discutindo a sala de jantar e a cozinha como espaços de expressão de relações de poder entre homens e mulheres, mulheres brancas e mulheres trabalhadoras negras. Finalmente, uso a culinária doceira de Pelotas, que se tornou marca da cidade ao longo do século XX, como fio condutor para refletir sobre as relações de trabalho entre mulheres brancas abastadas e mulheres de cor, das cerimônias do jantar e do chá do século XIX ao comércio de doces finos.Downloads
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