“Doce inferno do engenho”

São Tomé e a construção do mundo Atlântico. Arqueologia no engenho de Praia Melão (séc. XVI-XVII)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31239/nkxt9p89

Palavras-chave:

Arqueologia de plantação em África, São Tomé e Príncipe, Arqueologia histórica, Mundo Atlântico moderno

Resumo

Um dos legados mais marcantes do colonialismo europeu foi sem dúvida o desenvolvimento do sistema de plantação com consequências que perduraram até aos nossos dias. Apesar do papel pioneiro que teve na origem e desenvolvimento do sistema de plantação, a história da cultura material de São Tomé e Príncipe é pouco conhecida e a investigação arqueológica no país está no início. Este artigo apresenta o sítio arqueológico de Praia Melão, a maior fazenda e engenho de açúcar da ilha, em uso do século XVI ao século XVIII, e único sítio arqueológico conhecido, objecto do primeiro projecto de arqueologia em São Tomé e Príncipe. O edifício encontra-se em risco de destruição, pelo que discutimos a urgência da investigação arqueológica para seu estudo e salvaguarda. Privilegiamos as estruturas materiais do engenho que permitiram a produção de açúcar, mas também o controlo da população escravizada. O engenho de Praia Melão é abordado no contexto do ciclo de açúcar, com ênfase no estudo da cultura material e do papel fundamental que São Tomé teve na construção do mundo Atlântico.

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Publicado

2025-01-30

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Artigos

Como Citar

“Doce inferno do engenho”: São Tomé e a construção do mundo Atlântico. Arqueologia no engenho de Praia Melão (séc. XVI-XVII). (2025). Vestígios - Revista Latino-Americana De Arqueologia Histórica, 19(1), 5-34. https://doi.org/10.31239/nkxt9p89