A “place” with many borders
a cartographic study of the limits and social organization of Igarassu, Pernambuco (1859-1876)
DOI:
https://doi.org/10.31239/3dj6hr21Keywords:
Archaeology, Historical cartography, Pernambuco, IgarassuAbstract
This article presents a study of the boundaries and organization of spaces in the Termo de Igarassu from 1859 to 1876, in view of the need to understand the structuring of religious and regency divisions on the northern coast of Pernambuco in the nineteenth century. The methods and techniques employed focus on two main procedures: georeferencing processes involving the geometric transformation of maps and chorographic charts produced for the location in the nineteenth century, and the characterization of the spatial behavior of existing occupation centers. It is understood that throughout the second reign the province of Pernambuco and its segmentations were subjected to a series of political and socioeconomic changes, resulting in new territorial divisions and the formation of counties, as well as the rearrangement of housing microstructures, such as towns and villages. Igarassu stands out as an important landmark in the settlement of the captaincy and in the province’s sugarcane cycle, with the physical outline of its boundaries being established within a specific chronological framework, allowing for the visualization of its implications in the spatial and relational organization of settlements. In this way, an archaeological reflection on occupation processes and their impact on the emergence of new places becomes possible.
References
Andrade, L. A. B. (2019). Paisagem conceitual: construção teórica e sua utilização na educação. RevistAleph, 32, 178-199. DOI: 10.22409/revistaleph.v0i32.39313
Arquivo do Instituto Arqueológico, Histórico, Geográfico de Pernambuco (1872- 1873). Livro de Óbitos da freguesia dos Santos Cosme e Damião (1872- 1873).
Arquivo do Instituto Arqueológico, Histórico, Geográfico de Pernambuco (1872-1877). Livro de Óbitos de filhos de escravos da freguesia dos Santos Cosme e Damião (1872-1877).
Arquivo Nacional (1876). Estrada do Norte. Planta. 56 x 106 cm. 1:10.000. Maceió: Arquivo da S. de Desenho. Disponível em: <https://sian.an.gov.br/sianex/Consulta/Pesquisa_Livre_Painel_Resultado.asp?v_CodReferencia_id=94548&v_aba=2>. [cons. 16 out. 2024].
Bastide, H. A. (1824). Planta da provincia de Pernambuco. Mapa. Rio de Janeiro: Arquivo Militar. Disponível em: <http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_cartografia/cart542716/cart542716.jpg>. [cons. 16 out. 2024].
Bluteau, R., & Morais Silva, A. (1789). Diccionario da Lingua Portuguesa. Lisboa.
Brasil (1872). Diretoria Gerai de Estatística. Recenseamento da população do Império do Brazil a que se procedeu no dia 1 de agosto de 1872. 1873-1876. 6 v [V. 5]. Pernambuco, Parahyba do Norte, Piauhy, Maranhão, Pará, Amazonas. 56, 5, 5. Rio de Janeiro: Typ. de G. Leuzinger.
Cavalcante, S., & Elali, G. (2017). Espaço e Lugar. Em Cavalcante, S., & Elali, G. (org). Temas Básicos em psicologia ambiental (pp. 182-191). Petrópolis: Ed. Vozes.
Chauí, M. (2000). Convite à filosofia. São Paulo: Ática.
Cigolini, A. A. (2015). Ocupação do território e a criação de municípios no período imperial brasileiro. Mercator, 14(1), 7-19.
Coelho Netto, J. T. (1999). A construção do sentido na arquitetura. São Paulo: Perspectiva.
Corrêa Neves Salge, E. H., Saramago de Oliveira, G., & Stéfane Silva, L. (2021). Saberes para a construção da pesquisa documental. Revista Prisma, 2(1), 123-139. Disponível em: < https://revistaprisma.emnuvens.com.br/prisma/article/view/47>.
Costa, D., & Azevêdo, U. C. (2016). Das senzalas às favelas: onde vive a população negra brasileira. Socializando, 3(1), 145-154.
Costa, V. A. (2018). Arqueologia das margens: pensando paisagens e fronteiras Pelotas. Tessituras, 6(1), 21-28.
Criado Boado, F. (1991). Construcción social del espacio y reconstrucción arqueológica del paisaje. Boletín de Antropología Americana, 24, 5-29.
Dantas, G. A. F., Ferreira, A. L., & Simonini, Y. (2011). Desenhando territórios: a cartografia de Cândido Mendes e o “Nordeste” brasileiro do século XIX. Revista Brasileira de Estudos Urbanos E Regionais, 13(2), 87-99. DOI: 10.22296/2317-1529.2011v13n2p87
D’Alge, J. C. L. (2015). Cartografia para geoprocessamento. Em Câmara, G., Davis, C. A., & Monteiro, A. M. V. (eds.). Introdução à Ciência da Geoinformação (pp. 1-32). São José dos Campos: INPE. Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/cap6-cartografia.pdf>. [cons. 13 set. 2024].
Diário de Pernambuco (1862). Volume 1, n. 48, p. 5. 27 de fevereiro de 1862. Recife.
Diário de Pernambuco (1873). Volume 1, n. 13, p. 3. Relação de devida de exercício de 1871 a 1872 proveniente dos impostos. 17 de janeiro de 1873. Recife.
Diário de Pernambuco (1860). Volume 1, n. 131, p.1. Portaria. 6 de junho de 1860. Recife.
Diário de Pernambuco (1861a). Volume 1, n. 137, p. 4. 15 de junho de 1861. Recife.
Diário de Pernambuco (1861b). Volume 1, n. 301, p. 4. 30 de dezembro de 1861. Recife.
Dutenkefer, E. (2016). Metodologia para um saber e um fazer geo-histórico: análise de espacialidades pretéritas utilizando instrumentos computacionais. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 65, 57-71.
Eisenberg, P. L. (1977). Modernização sem mudança: A indústria açucareira em Pernambuco: 1840-1910. Rio de janeiro: Editora Paz e Terra S/A.
Ferreira, M. C., & Ferreira, M. M. (2013). Informações espaciais de cartas antigas visualizadas em imagens digitais atuais: uma contribuição do Sig à arqueologia da paisagem. Revista Do Departamento De Geografia, 26, 1-14. DOI: 10.7154/RDG.2013.0026.0001.
Ferreira, Y. (2019). Georreferenciando o Piauí colonial: cartografia aplicada à arqueologia. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Federal do Piauí, Teresina.
Fonseca, F. P., Dutenkefer, E., Zoboli, L., & Oliva, J. T. (2016). Cartografia digital geo-histórica: uma avaliação da mobilidade urbana de São Paulo no final do século XIX e início do século XX. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 64, 131-166.
Fournié, V. (1874). Esboço da carta corographica da provincia de Pernambuco. Mapa. 910x595 cm. 1:1.000.000. Recife: Bibliothèque nationale de Francernambuco. Disponível em: <https://catalogue.bnf.fr/ark:/12148/cb40646956w>. [cons. 16 out. 2024].
Geertz, C. (2001). O Saber Local. Rio de Janeiro: Vozes.
Guerra, A. E., & Santos, M. M. D. (2011). O “Atlas do Império do Brazil”: uma proposta de definição dos limites do Brasil no século XIX. IV Simpósio Luso-brasileiro de Cartografia Histórica. Porto.
Hissa, C. E. V. A. (2002). Mobilidade das fronteiras: inserções da Geografia na crise da modernidade. Belo Horizonte: Editora da UFMG.
Hodder, I. (1986). Reading the Past. Cambridge: Cambridge Press.
Ingold, T. (1993). The temporality of the landscape. World Archaeology, 25(2), 152-174. DOI: 10.1080/00438243.1993.9980235
Ingold, T. (2000). The Perception of the environment. New York: Routeledge.
Koster, H. (1978). Viagens ao Nordeste do Brasil. Recife: Governo do Estado, Secretaria de Educação e Cultura.
Machado, L. O. (2000). Limites e fronteiras: da alta diplomacia aos circuitos da ilegalidade. Revista Território, 5(8), 7-23.
Martins, H. T. A. (2001). Fragmentação do Território Brasileiro: a criação de novos estados no Brasil. Caderno CRH, 35, 263-288.
Mello, E. C. O. (1984). Norte agrário e o Império (1871-1889). Topbooks, Rio de Janeiro.
Mello, J. M. F. (1852). Ensaio sobre a Estatística Civil e Política da Província de Pernambuco. Recife: Tipografia de M. F. de Faria.
Mendes, C. (1868). Provincia de Pernambuco. Atlas cartográfico. 20 léguas portuguesas. Rio de Janeiro: Lithographia do Instituto Philomathico. Disponível em: <https://www.davidrumsey.com/luna/servlet/detail/RUMSEY~8~1~305755~90076432:X--Provincia-da-Parahyba-do-Norte?sort=date>. [cons. 16 out. 2024].
Moreira, P. G. (2018). Trajetórias conceituais e novas formas de interação nas fronteiras brasileiras. Em Pêgo, B., & Moura, R. (org). Fronteiras do Brasil: uma avaliação de política pública, volume 1, (pp. 21-42). Rio de janeiro: Ipea.
Museu Histórico de Igarassu (1867). Inventário de Felippe Filgueira Galvão. Inventariante: Pedro Paulo Filgueira Galvão. Igarassu.
Museu Histórico de Igarassu (1870). Inventário de Josepha Carolina Gomes. Inventariante: Antonio Bento de Araujo. Igarassu.
Newman, D. (2003). On borders and power: a theoretical framework. Journal of borderlands studies, 18(1), 13-25.
Niemeyer, C. J., Sewelah, A. F., Ancora, F. H., &Coutinho, C. P. (1843). Mappa topographico da parte da província de Pernambuco: limitada ao norte pela Provincia da Paraíba, al' Este pelo Oceano, ao Sul pela Provincia das Alagoas, e ao Oeste pelo Rio Panema. Mapa. 51 x 56,5cm. 18 léguas portuguesas. Brasil: Arquivo Real Militar. Disponível em: <https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/39967>. [cons. 16 out. 2024].
Nogueira, R. N., Silveira, R. J. C da, & Pereira, R. S. (1997). Georreferenciamento de mapas temáticos e imagens de satélite no aplicativo IDRISI. Revista Brasileira de Agrociência, 3(3), 99-106.
Nunes, N. P. de C. (1880). Esboço da carta corographica da provincia de Pernambuco. Mapa. 101 x 44cm. 1:1.000.000. Rio de Janeiro: Biblioteca Fluminense, Repartições das Obras Públicas Provinciais. Disponível em: <https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/40499>. [cons. 16 out. 2024].
Nunes, N. P. de C. (1859). Mappa dos limites das comarcas e freguezias da Província de Pernambuco. Mapa. 42 x 84,5 cm. Brasil: Archivo Militar. Disponível em: <https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/43414>. [cons. 16 out. 2024].
Pereira, J. da R. (2012). Sobrepondo valores: a construção do território de Igarassu-PE. Dissertação (Mestrado). Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro.
Pernambuco (1849). Decreto-lei n.º 239, de 30 de maio de 1849. Extingue a Freguezia de Pasmado e restingue às parochias a que dantes pertenciam os terrenos que foram incorporados à que suprime – Estabelece para elleas a divisão civil, eclesiástica e judiciaria, existente antes da lei provincial n.152 – Abole so districtos creados pela de n. 224. Volume 14. Recife: Acervo Arquivo Público.
Pernambuco (1860). Decreto-lei n.º 480, de 4 de maio de 1860. Proposta da Câmara Municipal da Villa de Ingazeira. Volume 25. Recife: Acervo Arquivo Público.
Pernambuco (1866). Decreto-lei n.º 676, de 1 de maio de 1866. Districto de Itamaraca. Volume 31. Recife: Acervo Arquivo Público.
Rolnik, S. (2011). Cartografia Sentimental: Transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Editoral da UFRGS.
Santos, M. (1978). Por uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, Edusp.
Santos, M. (1979). Espaço e Sociedade. Petrópolis: Vozes.
Santos, M. (2004). A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
Silva, L. L. S., & Silva J. A. S. (2020). A (i)materialidade do limite e da fronteira. Revista Eletrônica Para Onde, 14(1), 13-30. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/paraonde>. [cons. 13 out. 2024].
Soares, P. (2024). Mapas coloniais e arqueologia: uma análise pós-processual da paisagem da cidade do Rio de Janeiro nos séculos XVI e XVII. Vestígios-Revista Latino-Americana De Arqueologia Histórica, 18(1), 57-72. DOI: 10.31239/vtg.v18i1.48497
Sousa, A. C. de (2007). Arqueologia da paisagem e a potencialidade interpretativa dos espaços sociais. Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, 3(2), 291-300. DOI: 10.18224/hab.v3.2.2005.291-300.
Tilley, C. (1994). A phenomenology of landscape places, paths and monuments. Oxford: Berg Publisher.
Tuan, Y. (1983). Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL.
Umbelino, G., Carvalho, R., & Antunes, A. (2009). Uso da cartografia histórica e do Sig para a reconstituição dos caminhos da estrada real. Revista Brasileira de Cartografia, 61(1), 63-70.
Vieira, G. S. (2010). Decadência e expansão no litoral norte de Olinda (1654 1710): a Freguesia de Maranguape. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós Graduação em Arqueologia, Recife.
Villiers de L'ile-Adam, J. V. de. (1848). Carta topographica e administrativa das provincias do Pernambuco Alagoas e Sergipe: Erigida sobre os documentos mais modernos pelo Vcde. J. de Villiers de L'lle Adam. Mapa. 20 léguas portuguesas. Rio de Janeiro: Bibliothèque nationale de Francernambuco. Disponível em: <https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/44574>. [cons. 16 out. 2024].
Viterbo, J. S. R. (1799). Elucidario das Palavras, Termos, e Frases que em Portugal Antiguamente se Usárão, e que hoje regularmente se ignorão (...), tomo 2. Lisboa: Simão Thaddeo Ferreira.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Alberto Lopes da Silva Júnior, Cláudia Alves de Oliveira, Demétrio da Silva Mützenberg, Amanda de Azevedo Cavalcanti Tavares

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

O trabalho Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica de https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/index está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/index.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/index.