Gênero, raça e trabalho na Arqueologia Colonial das Américas Espanholas
DOI:
https://doi.org/10.31239/vtg.v11i2.10449Palabras clave:
Gênero, raça, trabalhoResumen
Gênero e raça são temas centrais das investigações arqueológicas do Império. Nessa pesquisa sobre a colonização espanhola das Américas, uma teoria proeminente, o padrão de Saint Augustine [the St. Augustine pattern], argumenta que a coabitação entre homens espanhóis e mulheres americanas ou africanas nos assentamentos coloniais resultou em uma forma distintivamente generificada de transformação: elementos culturais indíginas, africanos e sincréticos aparecem nas atividades do ambiente doméstico privado, associadosa mulheres; já elementos culturais europeus são conservadoramente mantidos publicamente nas atividades visíveis masculinas. Esse artigo reconsidera o padrão de Saint Augustine através da análise da nova pesquisa que revelou uma diversidade considerável nos processos e resultados da colonização nas américas espanholas. Métodos arqueológicos, tais como o padrão já referido, se baseiam em categorias binárias de análise, mascarando assim a complexidade e ambiguidade da cultura material nos sítios coloniais. Ademais, a abundância e onipresença da cultura material indígena, africana e sincrética nas habitações coloniais no circum-Caribe indica que a macroescala das relações econômicas, de troca e trabalho, mais do que a composição das habitações, eram causas importantes da transformação cultural colonial nas Américas. O foco analítico no trabalho em composições coloniais providencia uma metodologia multiescalar que abrange tanto emaranhados a nível institucional quanto doméstico entre colonizadores e colonizados.
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