Mirando, deseando, encarnando

pipas de barro en la construcción de comunidades diaspóricas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31239/vtg.v16i2.38614

Palabras clave:

esclavitud urbana, pipas de barro, comunidades diaspóricas, agencia de objetos, arqueología histórica

Resumen

Este artículo analiza pipas de barro recuperadas en excavaciones arqueológicas realizadas en áreas urbanas y rurales, y en espacios públicos de Río de Janeiro con presencia de africanos esclavizados, entendiendo estos artefactos como agentes sociales. A través de un abordaje centrado exclusivamente en estos objetos, considera, basándose en Gell (1998) y Heideger (2012), que la exuberante decoración que se colocaba sobre ellos captaba la atención de quienes los veían, seduciéndolos al proyecto social al que se dirigían. estaban involucrados, vinculados. En este caso, la construcción de comunidades diaspóricas, en la circunstancia de desarraigo, dispersión y desagregación promovida por el desplazamiento forzado de africanos desde sus lugares de origen hacia un nuevo y desconocido destino. Se analizan diferentes referencias étnicas y culturales presentes en los motivos decorativos de las pipas. Señalan no sólo los múltiples orígenes de quienes llegaron hasta aquí, sino también la incorporación de elementos estéticos de origen europeo, muy utilizados por la sociedad circundante. Este proceso de hibridación resultó en la creación y el intercambio de nuevas referencias, propias de las comunidades diaspóricas que se formaron aquí.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Agbe-Davis, A. D. (2017). Laboring under an illusion: aligning method and theory in the archaeology of plantation slavery. Historical Archaeology, 52(1): 125-139.

Agostini, C. (1998). Resistência cultural e reconstrução de identidades: um olhar sobre a cultura material dos escravos do Século XIX. Revista de História Regional, 3(2): 115-137.

Agostini, C. (2009). Cultura material e a experiência africana no sudeste oitocentista: cachimbos de escravos em imagens, histórias, estilos e listagens. Topoi, 10(18), p. 39-47.

Agostini, C. (2018). 'Cachimbos de escravos'? Miudezas do cotidiano entre malungos, irmãos e alteridades. In Cheviratese, A.L. & Gomes, F.S. (Org.). Dos artefatos e das margens. Ensaios da história social e cultura material no Rio de Janeiro (p. 11-37). Rio de Janeiro: 7Letras.

Bandeira, J. & Lago, P. C. (2009). Debret e o Brasil. Obra completa 1816-1831. Rio de Janeiro: Capivara.

Coelho, F. D. N. (2012). A negra fumaça: uma análise dos cachimbos do sítio arqueológico Macacu IV - Itaboraí, Rio de Janeiro, RJ. (Dissertação de mestrado). Museu Nacional, UFRJ, Rio de Janeiro.

Diener, P. & Costa, M. F.. (2002). Rugendas e o Brasil. Rio de Janeiro: Capivara.

Edwards, E. (2017). Voyage of HMS Pandora: despatched to arrest the mutineers of the Bounty in the south seas, 1790-1791. Inglaterra: Thalassic Press.

Emerson, M. C. (1999). African inspirations in a New World art and artifact: decorated tobacco pipes from the Chesapeake. In Singleton, T. (ed.). "I, Too, Am America": archaeological studies of African-American life (p. 47-81). Charlottesville and London: University Press of Virginia.

Florentino, M. (1997). Em costas negras: uma história do tráfico atlântico de escravos entre a Africa e o Rio de Janeiro, séculos XVIII e XIX. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional.

Gaspar, M. D. (2012). Programa de Prospecção, Salvamento e Preservação do Patrimônio Arqueológico da Área de Instalação do COMPERJ e sua Estrada Principal de Acesso. Relatório Final. Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Gell, A. (1998). Art and agency: an anthropological theory. Oxford: Oxford University Press.

Gell, A. (2012). “Things” as social agents. In Dudly, S.H. (ed.). Museum objects: experiencing the property of things (p. 336-343). London and New York: Routledge.

Heidegger, M. (2012). Ser e tempo. Campinas: UNICAMP.

Hissa, S. de B. V. (2018). O petyn no cachimbo branco: arqueologia e fumo nos séculos XVII ao XIX. (Tese de Doutorado). Museu Nacional, UFRJ, Rio de Janeiro.

Hissa, S. de B. V. (2019). Brancos, castanhos e vermelhos: cachimbos arqueológicos de cerâmica no Forte Orange. Vestígios: Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, 13(1): 1-28.

Hissa, S. de B. V. e Lima, T. A. (2019). Cachimbos brancos da região do Valongo: o cachimbo cosmopolita no Rio de Janeiro oitocentista. Revista de Arqueologia, Especial Museu Nacional (volume 1): 32(2):61-85.

Hoffman, R. (1995). Objects and acts. African Arts, 28(3):56-91.

Lima, T. A. (1992). Arqueologia histórica no Rio de Janeiro: o século XIX. Relatório técnico 1990-1991. Disponível na Superintendência do Iphan no Rio de Janeiro.

Lima, T. A.; Bruno, M. C. de O. & Fonseca, M. P. R. da (1993). Sintomas do modo de vida burguês no Vale do Paraíba, século XIX. Fazenda São Fernando, Vassouras, RJ, exploração arqueológica e museológica. Anais do Museu Paulista, História e Cultura Material, 1: 179-206

Lima, T. A. (2008). Los zapateros descalzos: arqueologia de uma humillación em Rio de Janeiro del Siglo XIX. In Félix A. Acuto y Andrés Zarankin (orgs.), Sed non satiata II. Acercamientos sociales en la arqueología latinoamericana (35-57). Córdoba: Encuentro Grupo Editor.

Lima, T. A. (2010). Construção de Edifício Comercial à Rua Visconde de Inhaúma nº 83, Centro, Rio de Janeiro. Relatório final de monitoramento arqueológico. Disponível na Superintendência do Iphan no Rio de Janeiro.

Lima, T. A. (2013). Projeto Marrecas. Relatório final de monitoramento arqueológico. Disponível na Superintendência do Iphan no Rio de Janeiro.

Lima, T. A., Souza, M. A. T. de & Sene, G. M. (2014). Weaving the second skin: protection agains evil among the Valongo slaves in nineteenth-century Rio de Janeiro. Journal of African Diaspora Archaeology and Heritage, 3(2):103-136.

Lima, T. A. (2016). A meeting place for urban slaves in eighteenth-century Rio de Janeiro. Journal of African Diaspora Archaeology and Heritage, 5:2:102-146.

Lima, T. A., Sene, G. M. & Souza, M. A. T. de. (2018). Em busca do Cais do Valongo, Rio de Janeiro, século XIX. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, 24(1):299-391.

Lima, T. A. (org.) (2020). Arqueologia Urbana: estudo de uma vizinhança no Rio de Janeiro oitocentista. Rio de Janeiro: Museu Nacional, Série Livros Digital 19.

Martinez-Ruiz, B. (2013). Kongo graphic writing and other narratives of the sign. Philadelphia: Temple University Press.

McEwan, C. (2001). Seats of Power. Axiality and access to invisible worlds. In McEwan, C.; Barreto, C. & Neves. E. (eds.). Unknown Amazon (p. 176-197). London: The British Museum Press.

Mitchel, J. P. (2006). Performance. In Tilley, C.; Keane, W.; Küchler, S.; Rowlands, M & Spyer, P. (eds.) Handbook of Material Culture (p. 384-401). London: Sage.

Olsen, B. (2010). In defense of things: archaeology and the ontology of objects. Lanham: AltaMira Press.

Orihuela, J. & Viera, R. A. (2015). Las pipas de fumar tabaco del Castillo de San Severino (Matanzas, Cuba): tipología, espectroscopia (SEM-EDS) y análisis contextual. Cuba Arqueológica, 2: 5-32.

Ozanne, P. (1962). Notes on the early historic archaeology of Accra. Transactions of the Historical Society of Ghana, 6: 51-70.

Paiva, Z. C.; Fagundes, M. & Borges, J. F. (2015). “Uma baforada sim sinhô": cachimbos de escravos para se entender as dinâmicas socioculturais da Diamantina oitocentista. Tarairiú, 1(9): 165-186.

Peixoto, S. A. (2019). Jacarepaguá, a “planície dos muitos engenhos”: uma arqueologia do sertão carioca, Rio de Janeiro, século XVII ao XIX. (Tese de Doutorado). Museu Nacional, UFRJ, Rio de Janeiro.

Schablitskya, J. M.; Wittb, K. E.; Madrigald, J. R.; Ellegaardd, M. R.; Malhi, R. S. & Schroederd, H. (2019). Ancient DNA analysis of a nineteenth century tobacco pipe from a Maryland slave quarter. Journal of Archaeological Science, 105:11-18.

Shaw, C.T. (1960). Early smoking pipes in Africa, Europe, and America. The Journal of the Royal Anthropological Institute of Great Britain and Ireland, 90(2): 272-305.

Souza, M. A. T. de (2000). Ouro Fino. Arqueologia histórica de um arraial de mineração do século XVIII em Goiás. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

Souza, M. A. T. de (2018). Pequenos céus e outros mundos: uma arqueologia dos encontros coloniais em um dos limiares da América portuguesa. In Aguilera, B. M. (Ed.). Iberia, de colonia a potencia colonial (p. 338-369) Madri: JAS Arqueologia.

Souza, M. A. T. de & Agostini, C. (2012). Body marks, pots and pipes: some correlations between African scarifications and pottery decoration in eighteenth and nineteenth-century Brazil. Historical Archaeology, 46(3): 102-123.

Souza, M. A. T. de & Lima, T.A. (2017). Hibridismo e inovação em cerâmicas coloniais do Rio de Janeiro, séculos XVII e XVIII. Urbania: Revista Latinoamericana de Arqueologia e Historia de las Ciudades, 5: 21-60.

Silva, R. C. P. da; Morley, E. & Silva, C. E. F. da. (1984). A restauração do Paço Imperial – a pesquisa arqueológica: primeiras notas. Revista da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 20:158-165.

Thomas, J. (1996). Time, culture and identity : an interpretative archaeology. London and New York: Routledge.

Thompson, R. F. (1984). Flash of the spirit: African and Afro-American art and philosophy. New York: Vintage Books.

Thompson, R. F. & Cornet, J. (1981). The four moments of the sun: Kongo art in two worlds. Washington: National Gallery of Art.

Viveiros de Castro, E. (1986). Araweté: os deuses canibais. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar.

Publicado

2022-07-27

Cómo citar

Souza, M. A. T. de, & Lima, T. A. (2022). Mirando, deseando, encarnando: pipas de barro en la construcción de comunidades diaspóricas. Vestígios - Revista Latino-Americana De Arqueologia Histórica, 16(2), 7–27. https://doi.org/10.31239/vtg.v16i2.38614