Uma arqueologia do movimento Pixo na Ilha de São Vicente
a arte da periferia como uma ocupação na paisagem urbana
DOI :
https://doi.org/10.31239/5kcgj188Mots-clés :
Arqueologia da paisagem, Arqueologia urbana, Arte rupestre, Movimento Pixo, OcupaçãoRésumé
Através da análise das pichações na Ilha de São Vicente, coração da Baixada Santista no Estado de São Paulo, apresentaremos um olhar arqueológico sobre o Movimento Pixo, que atua ilegalmente transgredindo a paisagem da Ilha. Para compreender essa ocupação da periferia através das ações desses grupos e sua transgressão à paisagem, foram utilizadas abordagens frequentes nos estudos de Arqueologia da Paisagem e Urbana, buscando compreender a relação do ser humano com a ocupação e significação dos espaços públicos. Como método de pesquisa, abordamos estes grafismos, seus suportes e a inserção na paisagem a partir da metodologia de registro e pesquisa em Arte Rupestre. Através destas análises, buscamos melhor compreender a forma que essas transgressões foram organizadas nos espaços urbanos, compreendendo os territórios, os espaços privilegiados, as regras e a dispersão desses grupos no espaço das cidades de Santos e São Vicente.
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