O Copista de Wall Street: Produtividade, Reprodução e a Escolha de Bartleby

Autores

  • Lúcia Helena Azevedo Vilela

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.5..281-290

Resumo

Neste trabalho são discutidas as noções de realidade e arte, cópia e criação, perante a acelerada reprodução da obra de arte na modernidade e suas implicações na conceituação de criação artística. Walter Benjamin e Paul Valéry proporcionaram o instrumental para a discussão, aqui ilustrada pelo conto Bartleby the Scrivener, de Herman Melville, pela visão adiante de seu tempo que o autor imprime à sua enigmática personagem central, em seu dilema existencial entre a possibilidade da repetição de si mesma e a transgressora resistência passiva ao cumprimento da tarefa de copista. Não se buscou identificar Melville em sua inescrutável personagem; procurou-se vê-la, sob um ângulo metaficcional, diante do impasse, comum ao artista, entre a
noção de realidade e sua "reprodução" na obra de arte.

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Referências

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Publicado

1997-10-31

Como Citar

Vilela, L. H. A. (1997). O Copista de Wall Street: Produtividade, Reprodução e a Escolha de Bartleby. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 5, 281–290. https://doi.org/10.17851/2317-2096.5.281-290