Palavras, sons e imagens em cartaz: aspectos de intermidialidade no romance Benjamin, de Chico Buarque, e na adaptação cinematográfica de Monique Gardenberg
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.14.2.122-136Resumo
A obra de Chico Buarque revela forte vocação para explorar o terreno da intertextualidade, seja ela em forma de paráfrase, paródia, pastiche, alusão, ou ainda de tradução, tendência que culminou em uma obra ficcional intimamente vinculada ao cinema. Além do caráter intertextual, multiplos aspectos intermidiais podem ser detectados tanto no livro Benjamim como no filme homônimo de Monique Gardenberg: a linguagem cinematográfica do romance e as várias mídiaspresentes e relacionadas intimamente entre si, dentro do filme. A combinação e a fusão dessas relações intertextuais e intermidiáticos, no romance e na adaptação, remetem-nos ao conceito de transtextualidade – desenvolvido por Gérard Genette a partir dos termos “dialogismo”, de Mikhail Bakhtin, e “intertextualidade”, de Julia Kristeva, e apropriado pelo crítico de cinema Robert Stam.
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