Fronteiras do corpo político: a invenção do corpo abjeto em “A caolha”

Autores

  • Alex dos Santos Guimarães Universidade Estadual da Bahia
  • Fani Miranda Tabak Universidade Federal do Triângulo Mineiro

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.24.3.69-84

Palavras-chave:

A caolha, Júlia Lopes de Almeida, corpo abjeto, gênero

Resumo

A partir da análise do conto A caolha, de Júlia Lopes de Almeida, examinamos a construção do corpo feminino ligado à sua inserção sociocultural nos limites fixados pelo sistema patriarcal dominante em seu contexto de produção. Problematizando as margens a partir das fronteiras abertas pela construção de um corpo abjeto, dentro do discurso da autora, analisamos os limites da representação dentro de uma perspectiva política de gênero.

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Biografia do Autor

Alex dos Santos Guimarães, Universidade Estadual da Bahia

Possui graduação em História pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB - (2006), Especialização em Teoria e História Literária (UESB) - (2009) e mestrado em Teoria Literária e Crítica da Cultura pela Universidade Federal de São João Del-Rei - MG (UFSJ). Atualmente é Coordenador do Curso de Pós-Graduação latu sensu em "Práticas Docentes Interdisciplinares", além de coordenar o Núcleo de História Social e Práticas de Ensino (NHIPE) - CNPQ, desenvolvendo projetos de pesquisa e extensão. Professor Substituo de Pesquisa e Laboratório de Ensino de História da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus VI, Caetité - BA.

Fani Miranda Tabak, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Departamento de Estudos Literários. Doutorado em Literatura Comparada. Pos-Doutorado em Literatura Comparada (University of Notthingham, UK).

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Publicado

2014-12-31

Como Citar

Guimarães, A. dos S., & Tabak, F. M. (2014). Fronteiras do corpo político: a invenção do corpo abjeto em “A caolha”. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 24(3), 69–84. https://doi.org/10.17851/2317-2096.24.3.69-84

Edição

Seção

Dossiê - Políticas do Contemporâneo - Experiências