Cisne isolado, sujeito deslocado: Mallarmé em diálogo com Apolo, Baudelaire, Andersen e Eduardo Guimaraens
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.24.3.127-141Palavras-chave:
imagem do cisne, simbolismo, Zeitgeist, mitologiaResumo
O presente artigo pretende traçar um breve panorama da imagem do cisne no contexto da poética simbolista, partindo, no entanto, da sua presença na literatura e na mitologia grega antiga, com a qual o simbolismo dialoga. Volta-se, então, à emblemática imagem do cisne presente no poema “Le Vierge, le vivace et le bel aujourd’hui”, de Stéphane Mallarmé (1842-1898), lido em diálogo com os poemas “L’Albatros” e “Le Cygne”, de Charles Baudelaire (1821-1867), com os sonetos “Sobre o cisne de Stéphane Mallarmé” e “O cisne e o lago”, de Eduardo Guimaraens (1892-1928), e com o conto de fadas “O patinho feio”, de Hans Christian Andersen (1805-1875), na tentativa de mostrar transformações e nuances pelas quais esse símbolo passou ao longo dos séculos, sua permanência e sua continuidade no Zeitgeist oitocentista e a relação que estabelece com a tradição.
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