Infinidade e voracidade das listas em Paradise Lost de John Milton

Autores

  • Luiz Fernando Ferreira Sá Universidade Federal de Minas Gerais Autor
  • Mayra Helena Alves Olalquiaga Universidade Federal de Minas Gerais Autor

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.25.3.97-112

Palavras-chave:

listas, Paraíso Perdido, Milton

Resumo

Tomando uma sugestão de Stanley Fish, o foco deste artigo cairá sobre as formas de “emaranhamento” que lêem como um jogo de clausura e um estado de liberdade ilimitada, duas noções aparentemente opostas que, no entanto, sustentam a poética miltoniana. O que propomos estudar aqui é a forma como esses termos são postos em prática nas listas literárias, inventários, catálogos e acumulações encontradas no poema épico Paradise Lost. Mais especificamente, este artigo sustenta que os paradoxos do cativeiro e antídotos ao cativeiro que vemos operando nas listas de Paradise Lost são encenadas em um tratamento que lhes empresta a qualidade de ser ao mesmo tempo infinitas e vorazes.

Biografia do Autor

  • Luiz Fernando Ferreira Sá, Universidade Federal de Minas Gerais

    Professor Associado de Literaturas em Inglês na graduação e pós-graduação da FALE/UFMG

  • Mayra Helena Alves Olalquiaga, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutora em Literaturas de Língua Inglesa (bolsa FAPEMIG) e Mestre em Literaturas de Expressão Inglesa (bolsa CNPq), ambos sob orientação do professor Luiz Sá, pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Minas Gerais. Durante o doutorado realizou o estágio de doutorado sanduiche (bolsa CNPq) na University of Toronto. É Bacharel em Letras pela Faculdade de Letras da UFMG. Exerceu o cargo de Professor Substituto na Universidade Federal de São João Del-Rei, ministrando disciplinas para alunos de Graduação do curso de Letras. Tem experiência em docência também no curso de Letras (Graduação) da UFMG. Desenvolveu trabalho de iniciação científica em dois projetos: O problema da autoria: romances adaptados para cinema (bolsista CNPq, supervisão da professora Thaís Flores) e John Milton and Salman Rushdie: the case of Midnight´s Children (voluntária, supervisão do professor Luiz Sá). Atua nas áreas de Literaturas de Língua Inglesa e Literatura Comparada, com ênfase em adaptações fílmicas, literaturas pós-coloniais (particularmente a ficção de Salman Rushdie), e a obra de John Milton.

Referências

ECO, Umberto. The infinity of lists: from Homer to Joyce. London: MacLehose, 2009. Print.

FISH, Stanley. Surprised by sin: the reader in Paradise lost. 2nd ed. Cambridge: Harvard University Press, 1998. Print.

HELGERSON, Richard. Forms of nationhood: the Elizabethan writing of England. Chicago: University of Chicago Press, 1992. Print.

MILTON, John. Paradise lost. Ed. Barbara K. Lewalski. Oxford: Blackwell, 2007. Print.

RUMRICH, John. Milton unbound. Controversy and reinterpretation. New York: Cambridge University Press, 1996. Print.

SÁ, Luiz Fernando Ferreira. Paraíso perdido em contracena. Uma conversação pós-colonial. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2001. Print.

SCHULMAN, Lydia. Paradise lost and the Rise of the American Republic. Boston: Northeastern University Press, 1992. Print.

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2016-04-28

Como Citar

Infinidade e voracidade das listas em Paradise Lost de John Milton. (2016). Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 25(3), 97-112. https://doi.org/10.17851/2317-2096.25.3.97-112