O “boom do subalterno” na literatura mexicana recente – olhares sobre a animalidade
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.28.1.253-266Palavras-chave:
animalidades, literatura mexicana contemporânea, literatura hispano-americana, alteridadesResumo
Vozes da literatura atual têm chamado a atenção para a “estranha familiaridade” entre animais humanos e não humanos, estreitamento que abala preceitos humanistas e que oferece um ponto de vista relevante para a discussão das alteridades. Os questionamentos decorrentes dessa contiguidade oferecem perspectivas estratégicas para se (re)pensar as produções literárias de países que, segundo Néstor Garcia Canclini, lidam com antigas desigualdades e, ao mesmo tempo, com as demandas pós-modernas. Considerados esses elementos, o objetivo deste trabalho é discutir a questão da animalidade como uma espécie de chave de leitura capaz de oferecer novos ângulos analíticos voltados para problemáticas recorrentes na literatura hispano-americana atual, mais especificamente, na literatura mexicana contemporânea. O desenvolvimento dessa análise terá a novela Salón de belleza (1994), de Mario Bellatin, e o conto “Guerra en los basureros” (2013), de Guadalupe Nettel, como referências ficcionais.
Downloads
Referências
AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I. 1. reimp. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
ALÓS, Anselmo Peres; FELIPPE, Renata Farias de. Mario Bellatin: agonizando no Salón de belleza. Revista Cerrados, Brasília: UnB, v. 25, n. 42, p. 303-321, 2016.
AZERÊDO, Sandra; HARAWAY, Donna. Companhias multiespécies nas naturezaculturas: uma conversa entre Donna Haraway e Sandra Azerêdo. In: MACIEL, Maria Esther (Org.). Pensar/escrever o animal: ensaios de zoopoética e biopolítica. Florianópolis: Editora da UFSC, 2011. p. 389-418.
BELLATIN, Mario. Salón de belleza. In: BELLATIN, Mario. Obra reunida. Madrid: Alfaguara, 2005. p. 9-38.
CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas híbridas. 4. ed. São Paulo: EdUSP, 2015.
GARRAMUÑO, Florencia. Região compartilhada: dobras do animal-humano. In: MACIEL, Maria Esther (Org.). Pensar/escrever o animal: ensaios de zoopoética e biopolítica. Florianópolis: Editora da UFSC, 2011. p.105-116.
MACIEL, Maria Esther. Poéticas do animal. In: MACIEL, Maria Esther. (Org.). Pensar/escrever o animal: ensaios de zoopoética e biopolítica. Florianópolis: Editora da UFSC, 2011. p. 85-102.
MORAÑA, Mabel. El boom del subalterno. CASTRO, Santiago; MENDIETA, Eduardo. (Ed.). Teorías sin disciplina. Latinoamericanismo, poscolonialidad y globalización en debate. México: Miguel Ángel Porrúa, 1998. Disponível em: http://www.perio.unlp.edu.ar/catedras/system/files/morana._el_boom_de_lo_subalterno.pdf. Acesso em: 19 set. 2017.
NASCIMENTO, Evando. Rastros do animal humano: a ficção de Clarice Lispector. In: MACIEL, Maria Esther (Org.). Pensar/escrever o animal: ensaios de zoopoética e biopolítica. Florianópolis: Editora da UFSC, 2011. p. 117-148.
NETTEL, Guadalupe. Guerra en los basureros. In: NETTEL, Guadalupe. El matrimonio de los peces rojos. Madrid: Páginas de Espuma, 2013. E-book.
TERRON, Joca Reiners. Prefácio. In: BELLATIN, Mario. Flores. Tradução de Josely Vianna Baptista. São Paulo: Cosac Naify, 2009. Não paginado.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Renata Farias de Felippe (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).