Retórica do caminhar, uma geografia poética
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.28.3.135-148Palavras-chave:
Michel de Certeau, retórica, metis, caminhar, metáforaResumo
Michel de Certeau analisa a arte de guerra com a qual o homem do cotidiano enfrenta as teias pesadas criadas pelas instituições e pelo sistema. O homem é capaz de criar no espaço dado por esses elementos, novos lugares e novos significados. Certeau traça uma história desta relação entre os modos de fazer e os modos de saber. A retórica, alimentada da μῆτις, passa a ser uma prática e um lugar teórico capaz de explicar essa dinâmica entre as forças dos mais fortes e dos mais fracos. O caminhar do pedestre nas ruas da cidade é a metáfora por excelência que Michel de Certeau usa para exemplificar a sua teoria das práticas cotidianas.
Downloads
Referências
AMARA, Lucia. Dopo il disastro del linguaggio: Le lignes d’erre di Fernand Deligny. La Deleuziana, n. 3, p.185-208, 2016.
ARISTÓTELES. Retórica. Tradução e notas de Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. 2. ed. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2005.
AUGOYARD, Jean François. Pas à pas. Essai sur le cheminement en milieu urbain. Paris: Seuil, 1979.
BRAGG, Lois. Oedipus Borealis: The Aberrant Body In Old Icelandic Myth and Saga. Rutherford: Fairleigh Dickinson Up, 2004.
CERTEAU, Michel de. L’invenzione del quotidiano. Roma: Edizioni Lavoro, 2001.
CERTEAU, Michel de. La rupture instauratrice ou le christianisme dans la culture contemporaine. Esprit, Paris, v. 6, n. 404, p. 1177-1214, 1971.
CERTEAU, Michel de. Lo straniero o l’unione nella differenza. Milano: Vita e Pensiero, 2010.
DELIGNY, Fernand. Les vagabonds efficaces et autres récits. Paris: Maspéro, 1970.
DETIENNE, Marcel; VERNANT, Jean-Pierre. Les ruses de l’intelligence: la mètis des Grecs. Paris: Flammarion, 1974.
DOLMAGE, Jay. Metis, Mêtis, Mestiza, Medusa: Rhetorical Bodies across Rhetorical Traditions. RhetoricReview, v. 28, n. 1, p. 1-28, jan. 2009.
DOSSE, François. O espaço habitado segundo Michel de Certeau. Tradução de Giovanni Ferreira Pitillo. Artcultura, Uberlândia, v. 15, n. 27, p. 85-96, 2013.
GIARD, Luce. Storia di una ricerca. In: CERTEAU, Michel de (Org.). L’invenzione del quotidiano. Roma: Edizioni Lavoro, 2001. p. XVII-XL.
GUILLERME, Jacques; SEBESTIK, Jan. Les commencements de la technologie. Thalès, Paris, v. 12, p. 1-72, 1966.
LINDE, Charlotte; LABOV, William. Spatial Networks as a Site for the Study of Language and Thought. Language, v. 51, n. 4, p. 924-939, dez. 1975. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/pdf/412701.pdf. Acesso em: 15 dez. 2017.
LUCIDO, Simone. “Nothing for us without us”. Spazio del progetto e democrazia. In: RICCIO, Franco (Org.). Spazi eccentrici: Mappe del molteplice sociale. Pisa: Bfs, 2003. p. 35-51.
MARKS, John. Certeau and Foucault: the other and pluralism. Paragraph, Edinburgh, v. 22, n. 2, p. 118-132, 1999.
SALINAS, Silvio. Einstein e a teoria do movimento browniano. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 263-269, 2005.
SILVA, João Maria da; LIMA, Jose Ademir Sales de. Quatro abordagens para o movimen-to browniano. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 29, n. 1, p. 25-335, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Gabriel Antunes Ferreira de Almeida (Autor)
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).