A teoria da literatura e as desumanidades
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.3.21-38Palavras-chave:
teoria da literatura, anti-humanismo, pós-modernismoResumo
Este artigo busca analisar o desenvolvimento interno da Teoria da Literatura enquanto disciplina, e suas conexões com a perspectiva anti-humanista da Arte Moderna, tal como proposta por Ortega y Gasset. O anti-humanismo possui suas raízes na filosofia alemã do final do século XIX e na primeira metade do século XX, especialmente em autores tais como Nietzsche e Heidegger, e encontra seu desenvolvimento na filosofia francesa pós-moderna, tal como praticada por Michel Foucault e Jacques Derrida. O artigo reúne um conjunto de filósofos, sociólogos e críticos literários que se colocam como críticos da tendência anti-humanista nas ciências humanas, em especial autores tais como Luc Ferry e Alain Renaut, Roger Scruton, Eric Voegelin, Daniel Bell, José Guilherme Merquior, Raymond Tallis e Tzvetan Todorov, com vistas a discutir o papel histórico desempenhado pela Teoria da Literatura no conjunto das Humanidades, agora entendidas como Desumanidades.
Downloads
Referências
ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS. Rigor e Integridade na Condução da Pesquisa Científica: guia de recomendações de práticas responsáveis. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 2013. p. 2.
BELL, Daniel. The Cultural Contradictions of Capitalism. 2. ed. New York: Basic Books, 1996.
FERRY, Luc; RENAUT, Alain. Pensamento 68: ensaio sobre o anti-humanismo contemporâneo. Tradução de Robert Markenson e Nelci do Nascimento Gonçalves. São Paulo: Ensaio, 1988.
FERRY, Luc. A nova ordem ecológica: a árvore, o animal e o homem. Tradução de Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: Difel, 2009.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. 2. ed. Tradução de Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 1981.
FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da lírica moderna. Tradução de Marise M. Curioni. São Paulo: Duas Cidades, 1978.
GELLNER, Ernest. Pós-modernismo, razão e religião. Tradução de Susana Souza e Silva. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.
MERQUIOR, J. De Praga a Paris. Tradução de Ana Maria de Castro Gibson. São Paulo: Nova Fronteira, 1991.
NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
ORTEGA Y GASSET, José. A desumanização da arte. 5. ed. Tradução e prefácio de Ricardo Araújo. São Paulo: Cortez, 2005.
SCRUTON, Roger. Confessions of a Skeptical Francophile. Disponível em: http://www.roger-scruton.com/articles/1-politics-and-society/83-confessions-of-a-sceptical-francophile.html. Acesso em: 11 mar. 2019.
SCRUTON, Roger. Gentle Regrets. New York: Continuum, 2006.
SCRUTON, Roger. Modern Philosophy: an introduction and survey. 2 ed. NYC: Penguin, 1995. Cap. 1: The Nature of Philosophy, p. 1-15; Cap. 30: The Devil, p. 458-480.
TALLIS, Raymond. In Defense of Realism. 2. ed. Lincoln; London: University of Nebraska Press, 1998.
TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Tradução de Caio Meira. São Paulo: DIFEL, 2009.
TZVETAN TODOROV – A literatura em perigo. [S.l.: s.n.], 2013. 1 vídeo (1:47 min). Publicado pelo canal Fronteiras do Pensamento. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=abOhgt_e3-Y. Acesso em: 27 mar. 2014.
VATTIMO, Gianni. O fim da modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
VOEGELIN, Eric. Hitler e os alemães. Tradução de Elpídio Mário Dantas Fonseca. São Paulo: É Realizações, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Marcus Vinicius de Freitas (Autor)
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).